CHANCE

Maílson agarra oportunidade e sobe de patamar no Sport

Denival, irmão do prata da casa, atua nas divisões de base rubro-negras

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 08/05/2018 às 8:14
Foto: TV Jornal
Denival, irmão do prata da casa, atua nas divisões de base rubro-negras - FOTO: Foto: TV Jornal
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De terceiro goleiro a candidato a substituto de Magrão quando o veterano pendurar as luvas. Tranquilo, frio e seguro, Maílson não se intimidou com a responsabilidade de substituir o maior ídolo da história do Sport e correspondeu à altura a expectativa que lhe foi depositada debaixo das traves rubro-negras. Altura, por sinal, é um dos pontos fortes do prata da casa: 1,97m, o maior goleiro da história do clube. Nas três partidas que assumiu a titularidade, o arqueiro de 21 anos conseguiu ajudar o Leão a se recuperar na Série A e engatar uma sequência de invencibilidade: empate com o Botafogo e vitória diante de Paraná e Bahia.

“Futebol é oportunidade. Não esperava que Magrão fosse se lesionar e acontecer o que aconteceu com Agenor (acabou sendo preterido por Nelsinho Baptista após falhar duas vezes na derrota por 3x0 contra o América-MG). Tive a chance e coloquei na minha cabeça que aquela era a minha hora e procurei fazer o meu melhor”, falou Maílson, que ficou satisfeito com suas atuações no Brasileiro. “Gostei dos jogos que fiz. No primeiro, contra o Botafogo, não foram tantas bolas em nossa meta, mas fui feliz em dar assistência para Everton Felipe marcar o gol. Já contra o Paraná (estreia do técnico Claudinei Oliveira) conseguimos segurar a pressão e somamos os três pontos. Diante do Bahia, não tomamos o gol e mantivemos a boa sequência”.

Na próxima rodada, diante do Cruzeiro, Magrão já deve ficar à disposição de Claudinei Oliveira. Porém, o retorno do paredão à titularidade ainda não está confirmado. “Magrão é sem comentários. Não é à toa que as torcidas de Náutico e Santa Cruz também respeitam ele. É um cara que me ajudou muito e sempre procurou me dar conselhos. Dentro e fora de campo ele é extraordinário”, elogiou o garoto.

Porém, antes de realizar o sonho de chegar ao profissional do Sport, Maílson teve de ralar bastante. “Onde eu morava (Girau do Ponciano, em Alagoas) não tinha muita oportunidade de trabalho. Como meu irmão sempre ia a São Paulo nos feriados de Natal e Ano Novo vender óculos na praia para ganhar um dinheiro extra, eu resolvi ir com ele. Parei de estudar e fui porque eu queria ajudar em casa, pois a gente estava passando por uma situação difícil. Saí da minha cidade numa quarta e só cheguei em Santos quatro dias depois. O ônibus que fomos estourou o pneu seis vezes. Nunca me esqueço dessa viagem”, relembrou o goleiro. “Andei por todo o litoral de São Paulo... Praia Grande, Peruíbe, saía com uma prancha cheia de óculos e uma mochila nas costas”.

FAMÍLIA

Se depender do Sport, a família Tenório dos Santos terá vida longa na meta rubro-negra. Isso porque Denival, irmão mais novo de Maílson, faz parte dos juniores do clube. Nas últimas semanas, inclusive, até recebeu algumas oportunidades de treinar com o grupo profissional. “Cheguei no Sport através de uma peneira na minha cidade e acabei vindo para cá. Quando cheguei o pessoal sabia que eu era irmão de Maílson, que éramos parecidos. Ele é uma inspiração pra mim. Sempre muito profissional e uma boa pessoa. Todos aqui me dizem para me espelhar nele que também chegarei ao profissional”, falou o garoto de 17 anos e 2 metros.

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