A goleada sofrida para o Flamengo por 4x1 só serviu para escancarar de vez um problema antigo do Sport: a fragilidade do sistema defensivo. Nesse Brasileirão, os rubro-negros têm a segunda pior defesa da competição, com 23 gols sofridos (ao lado de Vasco e América-MG), só ganhando para o Vitória - tomou 31. Das 16 rodadas disputadas nessa Série A, o time leonino sofreu três gols ou mais em três partidas (América-MG, Vasco e Flamengo) e em apenas quatro jogos passou ileso: vitórias para Bahia (2x0) e Atlético-PR (1x0); e empates em 0x0 contra Internacional e Grêmio.
Com a negociação de Anselmo para o Al Wehda, da Arábia Saudita, o Leão perdeu o seu “termômetro” em campo. Isso porque o volante era o responsável com comandar e dar ritmo ao meio de campo, tanto nas ações defensivas (antes de ser vendido era o líder em desarmes da Série A), quanto nas ofensivas - era o encarregado por puxar os contra-ataques e, por vezes, chegar como homem surpresa para marcar os gols (2).
Desde a saída do camisa 8, o Sport já sofreu 13 gols em 10 jogos e vem sendo presa fácil dos adversários. Além disso, sem Anselmo, a estratégia de jogo reativa de Claudinei Oliveira deixou de funcionar. Mesmo o meio de campo rubro-negro sendo bastante técnico com Fellipe Bastos, Marlone, Michel Bastos e Gabriel, o setor tem sérias dificuldades na recomposição defensiva e na marcação, o que deixa a equipe sem pegada e vulnerável defensivamente. Para piorar, nenhum dos atletas desse quarteto consegue dar intensidade na parte ofensiva, apresentando um estilo de jogo mais de cadência e toque de bola, e menos força.
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De acordo com a direção rubro-negra, uma das prioridades de contratação é trazer um primeiro volante, já que atualmente Claudinei só tem à disposição Deivid e Nonoca (jovem que veio do Cruzeiro, mas que ainda não estreou).
CALO ANTIGO
Na Série A do ano passado, o Sport teve a defesa mais vazada da competição, com 58 gols sofridos (ao lado do Vitória). Já em 2016, os números também foram bastante elevados: tomou 55 gols e findou como a 3ª pior zaga, à frente de América-MG (58) e Santa Cruz (69).
