Por meio de nota oficial, o Corinthians anunciou que não vai mais contratar o atacante Juninho, do Sport. Segundo o clube, pesaram as reclamações da torcida e o fato do alvinegro ser identificado com a causa feminista - fez até homenagem aos 12 anos da Lei Maria da Penha. Assim que foi anunciada a contratação, vários torcedores do Corinthians protestaram nas redes sociais contra a ida do jogador, que foi acusado pela namorada de agressão. Além de uma série de problemas extracampo. Desse modo, houve a desistência oficial. A tendência agora é que ele volta ao Leão, onde não será aproveitado. Segue a nota:
Ao entabular negociações com o atleta Juninho, o Corinthians visava não só atrair um promissor talento futebolístico, mas também encetar um processo de ressocialização dele. Sabedor de antecedentes desabonadores no seu passado, acreditamos que um jovem devidamente orientado teria condições de mudar de banda e, em vez de frequentar o grupo dos que tratam como corriqueira a agressão à mulher, pudesse se tornar um exemplo de evolução moral.
Ou seja, o episódio deveria representar um passo avante naquela que é bandeira sagrada do Timão: lutar contra qualquer forma de discriminação, abominar a violência, aliar-se aos mais fracos. Entretanto, considerando as inúmeras manifestações de torcedoras e torcedores contrários à eventual contratação de Juninho, informamos que ele não fará parte de nosso quadro de funcionários. O momento exige que o congraçamento de mentes em torno da causa feminista se sobreponha a quaisquer outras considerações.
Ademais, estaremos aumentando a importância do enfrentamento pelo Corinthians de um tema sensível como esse em um ambiente sabidamente machista como o futebol. Atuaremos no sentido de difundir por todas as instâncias do Clube essa doutrina para evitar ocorrências como essa e formaremos parcerias com instituições que também cuidem da ressocialização dos agressores homens para que a violência contra a mulher acabe no Brasil.