Quando entrar em campo, hoje, na Ilha do Retiro, o meia-atacante Diego Souza terá uma sensação bem diferente da que teve nos últimos quatro anos, quando vestia a camisa do Sport. Ao invés dos aplausos e da idolatria quase cega, encontrará possivelmente vaias e críticas. A cada toque na bola será marcado não por um ou dois adversários, mas por milhares de rubro-negros que, com certeza, esquecerão por 90 minutos dos gols decisivos que o ex-camisa 87 fez no estádio. Durante o confronto entre Sport e São Paulo, ele será o jogador a ser batido pela torcida leonina.
Muito disso se deve ao fato de Diego Souza não ser apenas mais um ex-jogador do Sport. Ele é um ex-ídolo, que carregou o amor e ódio juntos durante a passagem pela Ilha do Retiro. Se fez gols decisivos que ajudaram o time a ficar na Série A por dois anos seguidos (2016 e 2017), falhou na conquista de títulos, conquistando apenas um Pernambucano no ano passado. Idolatria e cobranças sempre andaram lado a lado enquanto ele esteve no Recife.
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Talvez tenha sido essa dicotomia entre amar e ser criticado que tenha feito do meia um ídolo. Porque a idolatria tem disso. Carrega extremos que só a paixão pelo futebol pode explicar. Sem falar que Diego Souza nunca se escondeu, seja na hora de marcar gols importantes ou de inflamar a torcida, seja para amá-lo ou criticado. Sem dúvidas foi o jogador do Sport que mais teve identificação com o torcedor nos últimos quatro anos.
Apesar dessa divisão, pode-se dizer que Diego teve uma grande passagem na Ilha do Retiro, principalmente quando o assunto é Série A do Brasileiro. Ao todo, foram mais de 50 gols, sendo inclusive artilheiro do Brasileirão 2016, quando o Leão lutou até a última rodada contra o rebaixamento. Ele ainda se tornou o maior artilheiro do time em Brasileiros. Sem isso, com certeza os rubro-negros poderiam estar em um patamar bem mais abaixo hoje. Mas o gols e comemorações serão apenas memória quando Diego Souza entrar em campo hoje.
