Com apenas uma vitória nos últimos 15 jogos, o Sport despencou na tabela da Série A. De vice-líder a vice-lanterna em pouco mais de 100 dias, os rubro-negros começam a fazer as contas para continuar lutando contra a queda no Brasileirão. Os números, porém, não são nada animadores para o clube pernambucano, que precisa de um aproveitamento de quem luta por vaga na Libertadores para evitar o rebaixamento.
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Com 24 pontos, o Sport precisa de mais sete vitórias para chegar a 45 pontos, margem de segurança histórica para permanecer na Série A. Isso corresponde a 53% de aproveitamento nos últimos 13 jogos do Brasileirão, 3% a menos que o Atlético-MG, sexto colocado e que hoje abre a zona de classificação para a Libertadores.
De acordo com sites especializados em estatísticas esportivas, os números também colocam o Leão com alta probabilidade de rebaixamento. No Chance de Gol, o percentual mais alto: 90% de chance de queda. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a porcentagem cai para 78%, quatro por cento a mais do que o site InfoBola (74%).
“Os números não são favoráveis, mas temos que continuar acreditando. A situação é possível de se reverter. Até agora não conseguimos, mas isso pode mudar e vamos tentar de tudo até o fim”, afirmou o goleiro Magrão, no desembarque da equipe ontem, após a derrota para o Corinthians por 2x1, no último domingo, pela 24ª rodada da Série A.
Analisando a reta final do Sport na Série A, é possível prever mais pedreiras: nos últimos 13 jogos, o Leão tem quatro confrontos diretos (Vasco, Ceará, Vitória e Chapecoense), ainda pega os seis primeiros colocados (Palmeiras, Atlético-MG, Internacional, Grêmio, Flamengo e São Paulo) e, por fim, enfrenta três times que estão na parte intermediária da tabela (Fluminense, Atlético-PR e Santos).
No primeiro turno, nesta reta final, o Sport não conseguiu a pontuação que hoje o livraria do rebaixamento. Nos 13 jogos, venceu apenas três (Palmeiras, Atlético-MG e Atlético-PR), com mais três empates (Internacional, Grêmio e Chapecoense) e perdeu sete duelos (Vasco, Ceará, Fluminense, Vitória, Flamengo, São Paulo e Santos).
Caso a meta dos 45 pontos não seja atingida, o Sport pode também torcer para o ponto de corte da atual temporada ser tão baixo quanto foram os anos de 2014 e 2010. Há quatro anos, o Palmeiras se livrou da Série B fazendo só 40 pontos. Já o 16º em 2010 foi o Atlético-GO, com 42. Por enquanto, está acontecendo: se projetarmos a pontuação da Chapecoense, hoje o primeiro time fora do Z-4, chegamos a 43 pontos.
TRABALHAR
Mais do que olhar os números e lamentar as derrotas, o técnico Eduardo Baptista quer que a equipe continue trabalhando para buscar a recuperação. E não desistir até o último fio de esperança. “Não pode baixar a cabeça, não pode desistir. Vejo uma evolução desses atletas. Tem muito campeonato pela frente. Lógico que o tempo começa a ficar mais curto, mas temos jogos em casa e é dar continuidade e moral a esse grupo, para que a gente possa evoluir”, explicou o técnico Eduardo Baptista.