Depois de mexer na parte técnica, com a chegada de reforços, e taticamente, com mudanças de esquema e de peças no time titular, Eduardo Baptista antecipou a coletiva da semana para a “última cartada”: usar do emocional. Normalmente, com semana cheia de trabalho, o técnico fala apenas na sexta-feira, véspera das partidas na Série A. Ontem, porém, o comandante “quebrou o protocolo” e chamou a responsabilidade para si no CT rubro-negro. Para o treinador, não é a hora de jogador falar, mas dele “dar a cara a tapa”. E cravou vitória do Leão no próximo domingo, contra o Palmeiras.
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“O clube vive um momento difícil, e eu não quis esperar até sexta feira para poder esclarecer algumas dúvidas de vocês. Discutimos ontem (segunda, 17), como em todo pós-jogo, quem deveria falar (nas coletivas da semana). E hoje (ontem) não era dia de jogador. O comandante tem que vir falar. Certas vezes na minha carreira talvez me estrepei por dar a capa a tapa. Mas não fujo do comando”, explicou o treinador do Sport.
Mesmo com apenas uma vitória em 15 jogos na Série A, a confiança de Eduardo Baptista (no comando do time há sete jogos) na recuperação do Sport no Brasileirão continua alta. E a reação, segundo o comandante rubro-negro, já vai começar no próximo domingo, pela 26ª rodada. De acordo com Baptista, vai dar Sport contra o Palmeiras. Independentemente de quem fosse o adversário na Ilha.
“Vamos fazer a Ilha pulsar contra o Palmeiras no domingo. Podia ser Real Madrid ou Íbis. Contra qualquer um: vai dar Sport. (Por causa do) brilho no olho de cada um, do semblante no vestiário de cada atleta. É de tristeza, claro, mas também a sensação de que fizemos um grande jogo. Enfrentamos o Corinthians de igual para igual. Brigamos e tivemos chances de ganhar. Infelizmente, pontualmente falhamos e acabamos perdendo. Mas vamos trabalhar para corrigir e fazer um jogo vitorioso”, disse o treinador.
"NÃO PODIA NEGAR"
Eduardo também confessou que, depois de deixar o Coritiba, não pensava em assumir mais clube algum em 2018. Mas não podia negar o pedido do Sport, onde começou a carreira como treinador. “Tinha decidido dar um tempo. Só queria voltar pro Sport em outro momento. Mas para um time que me estendeu a mão por duas vezes, não podia negar. Talvez esteja no lugar certo e na hora certa. Não vamos dizer que vai ser fácil: vamos brigar até o final. Estamos no limite. Não prometo Libertadores. Falo a verdade. No futebol brasileiro, se conta muita história. Nosso time tem dificuldades, mas o importante é que sabemos disso. E isso nos faz acreditar que acabamos entre os 16 na Série A. Acredito no potencial dos caras”.