ELEIÇÕES

Candidato ao Conselho do Sport, Fernando Pessoa quer reforma no Estatuto e evitar 'lagartixas'

Chapa Milton Bivar pede conselheiros propositivos e fiscalizadores

Diego Borges
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Diego Borges
Publicado em 11/12/2018 às 11:45
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Chapa Milton Bivar pede conselheiros propositivos e fiscalizadores - FOTO: Foto: Divulgação
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A uma semana das eleições para o biênio 2019-2020 no Sport, marcadas para o próximo dia 18, os quadros das duas chapas concorrentes começam a se desenhar de forma mais concreta. Entre eles, os candidatos à presidência do Conselho Deliberativo, responsável pela fiscalização e, como o próprio nome sugere, deliberação sobre as decisões da gestão executiva. Nome escolhido pelo grupo de Milton Bivar, Fernando Pessoa projeta mudanças no Estatuto do clube, como o aumento do número total de 150 conselheiros.

"A nação rubro-negra é imensa e precisamos de uma representatividade maior, que possa trazer opiniões, e que o executivo escute. É urgente, não só no número", destacou em entrevista à Rádio Jornal, antes de sugerir outras mudanças estruturais.

"Se faz necessário que novas coisas sejam redimensionadas. Para assumir a presidência, por exemplo, seria necessário experiência de dez anos no clube. Se isso ocorresse, não teríamos um inexperiente como o atual presidente do clube. Isso vai ser discutido dentro e fora do conselho, mas seremos céleres. Se eleitos formos, o mandato será de dois anos e faremos reformas no conselho, dentro da modernidade do futebol brasileiro. Não podemos ter um quadro anacrônico hoje em dia", completa Fernando Pessoa.

As críticas do candidato à atual gestão não se restringem ao executivo. Embora pregue o trabalho desapegado ao passado, Pessoa projeta um corpo de conselheiros que não sejam 'lagartixas', em analogia ao movimento que o réptil faz com a cabeça e a criticada subserviência do atual grupo de conselheiros à gestão de Arnaldo Barros.

"Eu não gosto de usar o chamado 'efeito retrovisor'. O que passou, passou. Os executivos têm o Conselho (Deliberativo) que desejam. O presidente Milton Bivar quer que o conselho formado seja plural e independente. Não pede lagartixas. Quer autênticos amantes do Sport, que opinem, critiquem e tragam soluções", planeja.

DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Assim como o poder executivo do Sport é dividido em departamentos, Fernando Pessoa acredita que o conselho também pode seguir o mesmo modelo. "As atribuições do conselho são muito bem definidas, não só pelo estatuto mas pela parte histórica também. Podemos ter em efeito paralelo para oferecer segmentos temáticos dentro do conselho, assim como acontece no executivo. Como futebol, finanças, ativos, alongamento de perfil de dívidas... Segmentar, para melhor cumprir o papel. Cabe ao executivo ter as Vice-presidências e todas elas passam pelo conselho para aprovação e não homologação. É o conselho que vai deliberar e discutir, procurar de forma propositiva. É o que Milton deseja que o Sport tenha."

POR AMOR AO SPORT

Por fim, o candidato ao conselho faz um apelo para que os torcedores do Sport participem não apenas da eleição, mas também colaborem com trabalho no dia a dia do clube. "Seria muito confortável permanecer na minha atividade profissional, cuidando dos meus netos. Mas o momento do Sport não permite que nenhum amante do clube esteja de braços cruzados. Fui convocado e aqui estou. O momento é de participação. Pode votar até na outra chapa, mas participe. O clube está abandonado e precisa de amor. Vamos demonstrar amor ao Sport, participando, doando neurônios, suor, um pouco do que sobra financeiramente para o clube chegar, para reconstruir o Sport. O momento é de absoluta reconstrução. É uma tarefa de todos os que amam o Sport Club do Recife", conclui Fernando Pessoa.

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