FUTURO

Candidatos à presidência do Sport não sabem se utilizarão verbas pendentes na próxima gestão

Clube rubro-negro ainda tem a receber o patrocínio da Caixa, além de verbas das negociações de André, Diego Souza, Anselmo, Everton Felipe

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 13/12/2018 às 7:56
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Clube rubro-negro ainda tem a receber o patrocínio da Caixa, além de verbas das negociações de André, Diego Souza, Anselmo, Everton Felipe - FOTO: Foto: JC Imagem
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O período eleitoral do Sport está chegando em sua reta final. Diante disso, a reportagem do Jornal do Commercio convidou os dois candidatos à presidência do clube (Eduardo Carvalho e Milton Bivar, que não pôde comparecer por motivos de saúde e foi representado pelo postulante à vice-presidência de sua chapa, Carlos Frederico) para debater sobre os principais desafios que o próximo gestor do Leão vai encontrar: as finanças debilitadas, débitos em aberto, formação do departamento de futebol, perfil do treinador desejado, valorização das categorias de base, prospecção de novos sócios e, claro, o que esperar da eleição do dia 18.

Apesar de as duas chapas serem de oposição - Augusto Carreras, candidato da situação, retirou a sua candidatura para o pleito -, apenas Eduardo Carvalho, do movimento ‘Uma Razão para Viver’, vestiu a camisa oposicionista e adotou um tom mais crítico em relação ao presidente Arnaldo Barros e também ao seu concorrente Milton Bivar, por vezes o denominando de o candidato da atual gestão.

 

 

Por sua vez, o postulante à vice-presidência pela chapa ‘Sport do Povo’, Carlos Frederico, se mostrou mais sereno em suas respostas e procurou abordar os temas levantados sem referenciar nem o atual presidente do clube e nem o concorrente à cadeira de mandatário do Leão. Inclusive, os próprios representantes do grupo aconselharam Milton Bivar a não participar de debates, a fim de evitar ataques.

Um consenso entre as duas partes foi que o principal desafio será de recuperar as finanças do clube. “Não há como dissociar o futebol da parte financeira do clube. Um é refém do outro. O Sport passou por um momento de certa expansão em termos financeiros, mas faltou planejamento. O clube está doente há anos e já vinha dando sinais. Não vejo nenhum sinal de que tenha ocorrido falta de honestidade ou coisa parecida. O que me parece é que faltou pessoas com experiência no futebol”, apontou Carlos Frederico. “O próximo gestor tem de recuperar a credibilidade do clube diante do sócio. Estamos preocupados com as finanças do clube. Vamos fazer uma perícia e ver o tamanho do buraco. Depois disso, vamos compartilhar a situação financeira com o torcedor”, garantiu Eduardo Carvalho.

 

 

VERBAS A RECEBER

Sobre o montante que o Sport tem a receber em janeiro: patrocínio da Caixa e negociações de André, Everton Felipe, Diego Souza e Anselmo, os dois confessam que não sabem se utilizarão essa receita na próxima gestão.

“São receitas que serão utilizadas para liquidar os atrasados. Nem isso contamos como investimento. O Sport vai iniciar 2019 sem ter zerado 2018”, disse Frederico. “O vice de futebol atual disse que não vai deixar débito. Como vai ser pago não sei. Se esse montante entrar em janeiro será aplicado no pagamento dos atletas e funcionários do clube. Se essa arrecadação vier, alivia e dá um fôlego para acertar melhor nas contratações”, falou Carvalho.

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