Apesar de arrastar a maior multidão de foliões no Carnaval de rua carioca, o bloco Cordão da Bola Preta terminou seu desfile uma hora antes do previsto neste sábado (14). Segundo a organização, o motivo foi evitar transtornos no trânsito no novo percurso de desfile, na região central da cidade.
Este ano, o bloco seguiu pela primeira vez pela avenida Presidente Antônio Carlos já que a avenida Rio Branco, que tradicionalmente recebe o Bola Preta, está interditada para obras.
Em seu 97º desfile, o Bola Preta, fundado em 1918, teve a cantora Maria Rita como madrinha, Neguinho da Beija-Flor padrinho e a atriz Leandra Leal como porta-estandarte.
Pela manhã, o diretor do bloco, Luiz Henrique Bentes, o Henrique Mancha, havia previsto que o desfile terminasse às 14h30, mas ele acabou às 13h20.
"A diferença deste ano é que a gente foge à tradição de mais de 90 desfiles com o novo trajeto. É uma experiência nova", afirmou Bentes.
Em entrevista à reportagem, foliões disseram que o desfile deixou a desejar com poucos banheiros químicos, policiamento insuficiente e equipe de organização muito inferior ao público esperado.
Durante o desfile a reportagem flagrou diversas tentativas de furto dentro e fora da área de isolamento do bloco. De acordo com o folião carioca Gustavo Cardoso, 27, a segurança deveria ser reforçada.
"Tive que botar tudo dentro de um porta-dólar porque está muito perigoso. Vi um grupo de adolescentes furtando as pessoas, e chegaram até a empurrar uma senhora. Quando ela se desequilibrou, eles puxaram o celular da mão dela e saíram correndo", lamentou.
Em vários momentos, os organizadores do bloco tiveram que pedir aos foliões que não brigassem e deixassem a via livre. Eles chegaram até mesmo a ameaçar terminar com o desfile se as brigas continuassem.