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Dia de encontros de nações e tribos no Carnaval do Recife Antigo

Maracatus e Caboclinhos abriram os trabalhos nos polos Arsenal e Marco Zero

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 26/02/2017 às 21:23
Deyvison Nunes/JC Imagem
Maracatus e Caboclinhos abriram os trabalhos nos polos Arsenal e Marco Zero - FOTO: Deyvison Nunes/JC Imagem
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Não são só os foliões que se encontram nas ruas do Recife Antigo. Ontem, nações e tribos também celebraram o Carnaval multicultural na capital pernambucana. À tarde, no polo Arsenal, dez agremiações de caboclinhos deram o tom no palco da tradicional praça recifense, em frente à Torre Malakoff. Mais tarde, no Marco Zero, nove nações de maracatu de baque solto abriram os trabalhos noturnos do principal polo da cidade.

CABOCLINHOS

A tribo Carijós, a mais antiga em atividade do Estado, fundada em 1987, era a grande atração do polo do Arsenal. Mas quem roubou a cena foi o simpático Carlindo Alves, da tribo Guaianás. Com 67 anos, era o porta-estandarte da agremiação carnavalesca. Mas a idade não pesou. Ele fez o estandarte, que pesa 30 quilos, bailar na frente dos foliões, que foram ao delírio com a animação do artesão.

“Comecei a dançar em 1970. E o estandarte, desde então, só quem toma conta sou eu. Já se passaram 47 anos e nunca deixei de brincar. Já me chamaram até para Maracatu, mas o meu forte é o Caboclinho. Tenho orgulho de ser um dos representantes da cultura brasileira. Gostei bastante do encontro”, afirmou Carlindo.

Além da Carijós e da Guianás, mais oito tribos de Caboclinhos passaram pelo polo Arsenal: Tapuias Camaras, Canindés de Camaragibe, Índios Taquaracy, Tupinambá de Goiana, Águia Negra de Itambé, Indígena Tapirapé, Arapahós e Tabajara de Goiana.

MARACATU

No Marco Zero, depois da folia mirim com Cia Forrobodó e Antúlio Madureira, quem abrilhantou o início de noite foi o encontro de nações de Maracatu de Baque Solto. Alegorias, cores e história de superação encheram o palco de um do principais pontos turísticos do Recife.

Fundado há 23 anos, o Maracatu de Baque Solto Estrela Dourada é um dos orgulhos da pequena Buenos Aires, cidade homônima da capital argentina e distante 79 quilômetros do Recife. Do lado da fora, Jaílson Nascimento, um dos diretores da agremiação, não parava de dar instruções. Só abriu o sorriso quando tudo terminou.

“Para nós, é um orgulho. Sair da Zona da Mata e ser tão bem recebido com o maracatu rural no Recife, o maior Carnaval de Pernambuco. Já é a terceira vez que venho e é sempre um prazer fazer parte de tudo isso”, ressaltou o trabalhador rural.

A Estrela Dourada foi uma das dez nações que passaram pelo Marco Zero. Junto com ela, a Cambindinha de Araçoiaba, a Leão Formosa de Tracunhaém, a Estrela de Ouro da Aliança, a Piaba de Ouro, a Leão Vencedor de Carpina, a Pavão Dourado de Tracunhaém, a Águia Dourada de Glória do Goitá e Cambinda Nova.

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