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Yamaguchi e Esquiva Falcão buscam inédita final olímpica

Esquiva Falcão, de 22 anos, será o primeiro a subir no ringue para encarar o britânico Anthony Ogogo. Cinco horas depois será a vez de Yamaguchi Falcão, de 24 anos, enfrentar o russo Egor Mekhontcev

Do JC Online
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Publicado em 09/08/2012 às 20:14
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Dois irmãos que aprenderam lutar com o pai na garagem de casa em Serra, no Espírito Santo, estarão em busca nesta sexta-feira (10/8) de uma final inédita para o boxe amador brasileiro nos Jogos Olímpicos. Às 11h (horário de Brasília), Esquiva Falcão Florentino, de 22 anos, será o primeiro a subir no ringue da Excel Arena para encarar o britânico Anthony Ogogo, pela semifinal da categoria dos médios (até 75kg). Cinco horas depois será a vez de Yamaguchi Falcão Florentino, de 24 anos, entrar em ação diante do russo Egor Mekhontcev, no duelo entre pesos meio-pesados (até 81kg).

“Trata-se de uma luta para se chegar à uma final olímpica. Não teremos moleza. Sabemos disso, mas os garotos são muito maduros, calmos e talentosos. Confio muito neles”, disse o técnico da equipe brasileira, João Carlos. “O boxe brasileiro está pronto para atingir o máximo.”

Nesta quinta, os irmãos Florentino fizeram um treino leve pela manhã e passaram o resto do dia analisando os adversários, com ajuda de CDs com as lutas anteriores. “Para cada combate temos de adotar uma forma de lutar. Fizemos isso muito bem até agora e tenho certeza de que vamos continuar com sucesso”, disse Yamaguchi, que eliminou nas quartas de final o cubano Julio La Cruz Peraza, campeão mundial e líder do ranking da categoria, com estratégias diferentes para cada round. “Preciso apresentar algo diferente para o meu rival, na tentativa de surpreendê-lo.”

Esquiva pensa da mesma forma. “Nosso diferencial é esse. Não temos apenas uma forma de lutar. Para chegar à final de uma Olimpíada é necessário estar pronto para encarar qualquer desafio. E nós estamos”, afirmou.

Por enfrentar um rival britânico, Esquiva sabe que vai ter a torcida contra de todo o ginásio, com capacidade para cerca de quatro mil pessoas. “Não tem problema. Dentro do ringue, depois que a luta começa, a gente nem escuta o barulho de fora”, disse o pugilista. “Meu foco, assim como o do meu irmão, é pela conquista da medalha de ouro. Para isso, precisamos passar pela semifinal. Não interessa o adversário.”

Yamaguchi passou à semifinal sem conhecer o russo, seu próximo rival. “Depois de ganhar do campeão do mundo, estou pronto para entrar no ringue e ir para cima de qualquer um. Vai ser muito duro para mim, mas também vai ser muito duro para o russo”, avisou.

Independente do resultado, os irmãos Florentino já garantiram medalha em Londres. Se perderem nas semifinais, ficam com o bronze. E entraram para a história do boxe brasileiro. Antes de Londres, o único pugilista do Brasil que tinha subido ao pódio olímpico foi Servílio de Oliveira, que ganhou bronze nos Jogos da Cidade do México, em 1968.

Em Londres, o boxe nacional já havia conquistado a medalha de bronze, no feminino, com a baiana Adriana Araújo.

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