SAÚDE

Biomanguinhos lança teste rápido para HIV

O resultado confirmatório do novo exame, chamado de Imunoblot, sai em cerca de 20 minutos

Agência Estado
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Publicado em 04/05/2011 às 20:41
Guga Matos/JC Imagem
FOTO: Guga Matos/JC Imagem
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BRASÍLIA - Cerca de 40% das pessoas que fazem teste de HIV não voltam para buscar o resultado final do exame. Para driblar o problema, o Ministério da Saúde quer que todos os pacientes que queiram fazer o teste saiam dos centros de saúde sabendo se são soropositivos ou não. Essa meta fica mais próxima de ser alcançada com o lançamento do novo teste rápido confirmatório, o Imunoblot, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz).

Atualmente, a pessoa faz o teste de HIV pelo método Elisa. Se der positivo, ela volta ao serviço de saúde, recebe orientação e faz o exame confirmatório, pelo método western blot (o mais usado) ou imunofluorescência. O resultado final leva dias ou semanas para sair.

Estimativa é de que, em dois anos, novo método substitua por completo os exames atuais nos postos de saúde

Um acordo entre Biomanguinhos e o laboratório americano Chembio permitiu o desenvolvimento conjunto, no Brasil, de dois kits de testes rápidos - o de triagem, lançado em fevereiro pelo ministro Alexandre Padilha, e o confirmatório, chamado de Imunoblot e que foi divulgado hoje, durante o 2º Simpósio Internacional de Imunobiológicos, organizado pelo Biomanguinhos.

Para fazer o teste, o paciente recebe uma picada no dedo. O resultado sai em 20 minutos. "O kit é sensível e eficaz já a partir do 25º dia de infecção", afirma o gerente do programa de Desenvolvimento de Reativos, Antonio Ferreira.

Inicialmente, os kits rápidos serão usados em grupos vulneráveis - como moradores de rua, prostitutas, garotos de programa -; populações indígenas e ribeirinhas; grávidas que não completaram o pré-natal; e campanhas específicas do ministério, como as que ocorrem em grandes eventos como Carnaval e Festa do Peão Boiadeiro, em Barretos (SP). Ainda será avaliada a capacidade de produção dos testes e os custos, mas a estimativa é de que em dois anos tenha sido completada a substituição dos métodos Elisa/western blot pelos kits rápidos.

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