“Não somos baderneiros. Só queremos discutir a legalização da maconha. Afinal, não existiria produção cultural e acadêmica nesse País se não existisse a maconha”, gritava, no microfone improvisado, Marcel Segal, de 23 anos, aluno do curso de Comunicação e Multimeios da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Ele era um dos cerca de 50 alunos que organizaram o Festival da Cultura Canábica e protestavam na última sexta-feira (16), no fim da tarde, contra o reitor Dirceu de Mello, que suspendeu todas as atividades do câmpus Monte Alegre para evitar a realização do evento.
Com os portões trancados, a manifestação ocorreu do lado de fora do câmpus, no mesmo horário em que a festa começaria, às 16 horas, mas com menos de 1% das 6.500 pessoas que haviam confirmado presença na festa.
“Não vai adiantar nada isso que o reitor fez. Vamos marcar um outro festival para a próxima semana e o que ele fará? Vai fechar o câmpus toda sexta-feira?”, argumentou outro estudante, que preferiu não se identificar.
A decisão de fechar o câmpus desagradou não só aos organizadores e simpatizantes do festival. Com todas as atividades suspensas, palestras foram desmarcadas, os pacientes da clínica de psicologia tiveram de voltar para casa e as defesas de mestrado e doutorado foram adiadas.
Até o início da noite, não havia viaturas policiais no local. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.