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Guindaste vai retirar ferragens de píer para ajudar nas buscas a trabalhadores no Rio Amazonas

Seis funcionários estão desaparecidos desde esta quinta após o desabamento de um píer

Do JC Online
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Publicado em 29/03/2013 às 17:46
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As buscas pelos seis trabalhadores desaparecidos desde a madrugada de ontem (28) após o desabamento de um píer flutuante no Porto de Santana, no Rio Amazonas, a 20 quilômetros de Macapá, continuam ininterruptamente, mas sem sucesso até o momento. Segundo o major Roberto Neri, do Corpo de Bombeiros do Amapá, uma balsa com guindaste capaz de içar até 80 toneladas chegará nesta sexta-feira (29) ao local para ajudar na retirada da estrutura que caiu no rio e facilitar as buscas.

O trabalho dos mergulhadores é feito enquanto há luz solar, do início da manhã até as 18h, mas o serviço de busca continua durante a noite e a madrugada em uma área de aproximadamente 45 mil metros quadrados, informou o major. Segundo ele, as buscas seguirão durante o fim de semana até que as vítimas sejam localizadas ou não haja mais possibilidade de encontrá-las. Ao todo, 20 bombeiros e três militares da Marinha trabalham nas operações de resgate.

A empresa Anglo American, que opera o porto, informou por meio de nota que “houve um desmoronamento de parte do terreno onde se localiza o píer flutuante utilizado na atracação de navios que embarcam minério de ferro”. Segundo a empresa, as causas do desmoronamento ainda estão sendo investigadas. O Corpo de Bombeiros também informa que ainda não é possível informar a causa do desabamento do píer, que será fruto de uma investigação.

Com o desabamento do píer, algumas embarcações que estavam ancoradas nas proximidades afundaram. Veículos e equipamentos do porto também foram dragados para o rio. O comandante Edilson Castro, da Capitania dos Portos do Amapá, disse que um inquérito administrativo já foi aberto para apurar as causas do acidente. O prazo para as investigações é 90 dias. Segundo ele, um navio mercante estava sendo carregado com minério no momento em que o píer flutuante desabou, a menos de 3 quilômetros da capitania.

O presidente do Sindicato dos Portuários (Sindporto) do Pará e Amapá, Carlos Rocha, informou que, por ter ocorrido por volta da meia-noite, horário da troca de turno dos trabalhadores do porto, alguns funcionários já haviam ido para casa e outros não haviam chegado, o que evitou  que o número de vítimas fosse maior. Entre os desaparecidos, estão três funcionários do porto e três trabalhadores terceirizados. Ainda na madrugada, dois sobreviventes foram resgatados com vida.

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