Pouco mais que 24 horas depois de o vazamento de água em uma adutora matar uma criança de 3 anos e deixar 16 feridos na zona oeste do Rio, outra tubulação foi rompida, às 6h da última terça-feira, alagando trecho da Avenida Vicente de Carvalho, na zona norte. Ninguém ficou ferido.
Em Campo Grande, a Polícia Civil acredita que uma obra em uma fábrica de guaraná ao lado do local onde a adutora quebrou pode ter provocado o acidente de terça-feira, 30. “A Guaracamp passou máquinas no terreno e colocou entulho sobre a sinalização da Cedae. E passou a usar a área para trajeto de caminhões”, disse a delegada Tatiene Damaris. A empresa não se pronunciou.
Nesta quarta-feira moradores fizeram plantão para evitar saques. “Tem gente que veio tentar roubar geladeira, freezer, cerveja e refrigerante do bar”, contou José Emelson Araujo Silva, de 33 anos. Onze das 46 casas atingidas serão demolidas. A Cedae instalou 68 pessoas no hotel Hotelon.
Abalados, os pais de Isabela Severo da Silva, de 3 anos que morreu soterrada, não foram ao enterro, acompanhado nesta quarta por 150 pessoas.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) reconheceu que a Cedae “está longe do ideal”, mas defendeu a companhia. “Não tinha condições de nada. Hoje tem operação melhor.”