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Governo considera greve dos caminhoneiros 'oportunista'

A ordem é monitorar o movimento e, caso ele ganhe corpo a partir desta segunda, avaliar se será preciso chamar os líderes do movimento para negociação

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Publicado em 09/11/2015 às 14:10
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A ordem é monitorar o movimento e, caso ele ganhe corpo a partir desta segunda, avaliar se será preciso chamar os líderes do movimento para negociação - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O Palácio do Planalto considera "pontual" e "oportunista" a greve dos caminhoneiros iniciada nesta segunda-feira (9) em sete Estados do país. Segundo o ministro Edinho Silva (Comunicação Social), a paralisação "tem único objetivo de desgastar o governo federal".

"No nosso entender, essa greve é pontual, que atinge algumas regiões do país, e infelizmente é uma greve que tem se caracterizado com uma aspiração única de desgaste político do governo", afirmou o ministro após participar da reunião de coordenação política do governo Dilma Rousseff.

 

Locais bloqueados por caminhoneiros

A avaliação dos assessores da presidente é que a mobilização não apresenta reivindicações do setor e que é liderada por grupos sem qualquer vinculação com sindicatos que representam a classe.

"Nenhuma entidade representativa apresentou pauta de reivindicação ao governo. Você não pode apresentar uma pauta onde o centro seja o desgaste do governo", disse Edinho. "Esperamos que os envolvidos possam colocar acima de qualquer questão o interesse da sociedade", completou.

Desde o fim da semana passada, o Palácio do Planalto montou um gabinete de crise para acompanhar a greve marcada para esta segunda.

Segundo monitoramento do governo, a greve é apoiada pelos principais grupos que pedem o impeachment de Dilma, como Revoltados Online, MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua, o que despertou a atenção dos ministros e da própria presidente.

Dilma estava preocupada com uma possível crise de abastecimento decorrente da paralisação mas foi alertada por auxiliares que a adesão deveria ser baixa, segundo monitoramento de redes sociais feito pelo Planalto e lideranças do setor que dizem ser "de grupos independentes" a iniciativa da greve.

Mesmo assim, a presidente destacou os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), além do secretário especial do Trabalho, José Lopez Feijóo, para conversar com representantes do setor. Cardozo, a quem é subordinada a Polícia Rodoviária Federal, também está cuidando do movimento nas estradas, enquanto Edinho acompanha a adesão à greve nas redes.

A ordem é monitorar o movimento e, caso ele ganhe corpo a partir desta segunda, avaliar se será preciso chamar os líderes do movimento para negociação.

 

CONGRESSO

Ainda de acordo com Edinho, durante a reunião de coordenação política, Dilma pediu mais uma vez aos líderes da base empenho para a aprovação das medidas de ajuste fiscal.

A repatriação de recursos e a DRU são as prioridades para este ano, mas, nos bastidores, o governo já está pessimista mesmo quanto à aprovação desses projetos. A repatriação, por exemplo, deve ser votada esta semana após alguns adiamentos.

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