TECNOLOGIA

Brasileiros desenvolvem aparelho para examinar retina com smartphone

Para os testes em seres humanos, o grupo está verificando a possibilidade de fazer em universidades ou por meio da Anvisa

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Publicado em 14/10/2016 às 16:58
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Para os testes em seres humanos, o grupo está verificando a possibilidade de fazer em universidades ou por meio da Anvisa - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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O protótipo de um equipamento que faz exames de retina usando um smartphone vai representar o Brasil em uma competição internacional de inovação realizada no próximo mês na Alemanha. O aparelho, batizado como Smart Retinal Camera (SRC), foi desenvolvido por três ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos e é uma versão portátil do retinógrafo, aparelho que permite observar e registrar imagens da retina.

 

"Nosso objetivo é ajudar comunidades carentes, algumas cidades mais pobres nem têm oftalmologistas e um equipamento de mesa custa de 70 a 80 mil dólares. O que a gente espera é que ele tenha um custo dez vezes menor do que o equipamento padrão", diz o engenheiro de computação José Augusto Stuchi, um dos criadores do projeto.

Ele também é cofundador e engenheiro da Phelcom, startup criada pelo grupo para desenvolver o protótipo, que foi financiado pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Stuchi conta que o projeto teve início há dois anos e um olho mecânico foi utilizado para fazer os testes. "Com esse equipamento, um operador pode fazer o exame. As imagens serão capturadas pelo celular e enviadas para nuvem para análise de um médico por meio de telemedicina. Com ele, é possível ver o fundo de olho e examinar pacientes com diabetes, pessoas que podem desenvolver glaucoma, retinopatia e degeneração macular relacionada à idade. Todos os problemas de retina podem ser detectados com esse retinógrafo", explica.

Para os testes em seres humanos, o grupo está verificando a possibilidade de fazer em universidades ou solicitar uma autorização para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa é que, até 2018, o aparelho já esteja no mercado.

Competição

No mês passado, os ex-alunos participaram da edição nacional do Falling Walls Lab, competição de soluções inovadoras que podem contribuir para a sociedade nas mais diversas áreas. Ao todo, concorreram 94 projetos. Na final, que será realizada nos dias 8 e 9 de novembro na Alemanha, eles terão de enfrentar 99 concorrentes de várias partes do mundo.

"Estamos desenvolvendo um projeto técnico, mas, por trás do equipamento, tem o sonho de cumprir a nossa missão, que é contribuir com inovação para melhorar a saúde e a vida das pessoas."


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