GUERRA ENTRE FACÇÕES

Em três meses, PCC já matou 44 detentos em presídio de Roraima

As primeiras mortes aconteceram em outubro do ano passado. A maior chacina, no entanto, foi a dessa sexta-feira

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Publicado em 07/01/2017 às 13:11
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As primeiras mortes aconteceram em outubro do ano passado. A maior chacina, no entanto, foi a dessa sexta-feira - FOTO: Foto: Reprodução
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Desde que foi deflagrada a guerra entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), as mortes de presos em Roraima aumentaram assustadoramente. Pelos cálculos oficiais, o PCC já matou mais de 44 presos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) nos últimos três meses.

As primeiras mortes aconteceram no dia 16 de outubro de 2016, quando dez presos pertencentes ao CV foram decapitados e carbonizados. No dia 22 de outubro, o detento Frank Ferreira de Brito foi morto e esquartejado na Ala 14. No dia 15 de novembro, foi a vez do preso Tony Carvalho Nery ser morto pelo mesmo modo cruel, na mesma ala. E no dia 21 de novembro, foi localizado no interior da Pamc o corpo decapitado do detento Jeferson Articlinio, totalizando 13 mortos na unidade prisional.

Em 2017, a contabilização aumentou com a chacina ocorrida nesta sexta-feira (06), onde 31 detentos foram assassinados. 

No dia 16 de novembro, os integrantes da facção assassinaram o policial militar Arnaldo Sena, que se encontrava dentro de sua residência. Ele foi morto com dois tiros na nuca.

FUGAS

Além dos mortos, o sistema prisional de Roraima também contabilizou duas fugas, uma de quatro presos ocorrida no dia 9 de novembro e outra três dias depois, onde dez presos escaparam

Na última semana, o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel Castro, solicitou ao juízo da Vara da Execução Penal da Comarca de Boa Vista e ao Ministério Público Estadual, autorização de transferência para presídio federal de segurança máxima de oito presos identificados como líderes de facções criminosas. Os pedidos foram embasados em relatórios da inteligência.

Atualmente, 18 presos de Roraima identificados como líderes de facções criminosas encontram-se em presídios federais de segurança máxima, submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

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