CRIME

Menina de 11 anos é vítima de estupro coletivo no Distrito Federal

Vítima foi abusada por cinco homens, quatro deles, menores de idade

JC Online
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Publicado em 13/01/2017 às 22:11
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Vítima foi abusada por cinco homens, quatro deles, menores de idade - FOTO: Foto: Reprodução
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Uma menina de 11 anos foi vítima de um estupro coletivo na última terça-feira (10), no Centro de Brasília. Os atos teriam sido praticados por quatro menores de idade, dois de 17, um de 13 e outro de 15, além de Wesley da Silva Dias, de 20 anos.

De acordo com a polícia, a vítima teria um relacionamento com um dos agressores, que a convidou para ir até a casa dele. Chegando lá, ela foi forçada a ter relações sexuais com o namorado, Wesley, e um outro adolescente, enquanto outros dois jovens assistiam à ação.

O estupro foi todo filmado, em um celular já apreendido pela corporação. A polícia foi acionada pela mãe da menina, que saiu em busca da filha após ela não voltar para casa no horário habitual. A mulher contou que a garota estava desnorteada e, inicialmente, não teria contado que sofreu o abuso. Após o registro da ocorrência, ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi constatado o estupro. Nos primeiros depoimentos, a menina negou que o namorado tivesse participado do crime, mas após ser pressionada pela família e pelos investigadores, acabou revelando a participação dele no crime. 

 

Prisão

Wesley da Silva Dias, o único maior de idade a participar do crime, foi preso em flagrante por estupro de vulnerável e por crime de exploração sexual de menor. Na decisão da Justiça do DF que pediu a prisão preventiva do acusado, consta que, além de ter forçado a vítima a praticar relações sexuais contra a sua vontade, com várias pessoas, ele teria também filmado todos os atos criminosos. Ao ser detido, ele ainda vestia as mesmas roupas com as quais aparece no vídeo do crime.

Um dos adolescentes, de 17 anos, foi autuado por atos infracionais análogos a estupro de vulnerável, injúria e por filmar cena de sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou adolescente. Outro, da mesma idade, por estupro de vulnerável. E os demais, de 13 e 15 anos, por satisfação de lascívia mediante presente de criança ou adolescente. 

Recorrência

Em outubro do ano passado, uma mulher de 34 anos foi estuprada por cerca de dez homens em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O estupro foi flagrado por uma equipe da Polícia Militar, que fazia uma operação na região naquele momento. Dois adolescentes suspeitos de participar do crime foram detidos na hora. Os demais suspeitos conseguiram fugir.

No mês de junho, uma garota de 14 anos foi estuprada por quatro homens, sendo três menores com idade de 16 a 17 anos e um jovem de 18 anos, no Piauí. De acordo com informações dos familiares à polícia, a adolescente saiu de casa por volta das 16h para ir ao ginásio e como não voltou até às 18h. Percebendo a demora, a madrasta resolveu procurá-la. Segundo o que foi informado pela madrasta, ela chegou a tempo de presenciar o ato e ainda tentou seguir um dos envolvidos, que conseguiu fugir pulando o muro. A garota foi encontrada por volta das 19h, desacordada e sem roupa. À policia, ela informou que conhecia um dos envolvidos e teria tomado um refrigerante oferecido por ele. A policia suspeita que a garota tenha sido dopada, já que ela não lembra como foi parar no banheiro. 

Ainda no mês de junho, em Olinda, no Grande Recife, uma  vendedora de 25 anos foi vítima durante uma festa junina na casa de um vizinho no bairro de Passarinho. Pelo menos três homens teriam participado do crime.

Em maio, ocorreu um dos crimes mais emblemáticos: uma adolescente de 16 anos foi  violentada por, pelo menos, 30 homens, em uma comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O vídeo do crime foi amplamente divulgado na internet.  Após realizar exames e prestar depoimento, a garota postou um relato na internet para agradecer o apoio e disse após a violação "não dói o útero e sim a alma".

 

 

Entenda a cultura do estupro 

A cultura do estupro é um conjunto de crenças que encorajam as agressões sexuais masculinas e apoiam, mesmo que de forma velada, a violência contra a mulher. Essa violência pode ser cantadas de rua (assédios verbais com conotações sexuais) ou até mesmo os assédios físicos. Essa cultura pode estar em imagens, liguagem, nas leis, em comerciais, filmes, novelas e em outros fenômenos cotidianos testemunhados por todos, todos os dias, que fazem que a violência contra mulher pareça algo normal.

 

 Disque 180

 Para denunciar casos de violência sexual, as vítimas devem ligar 180. O serviço funciona diariamente, 24h por dia, inclusive nos finais de semana e feriados. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo. A Central de Atendimento à Mulher funciona como disque-denúncia da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). O Ligue 180 trabalha de forma conjunta com a rede de atendimento do Brasil, formada por serviços municipais e estaduais e também serve para receber instruções. 

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