A rebelião no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, em Natal, foi controlada pelos agentes carcerários do Grupo de Operações Especiais (GOE) na manhã desta segunda-feira (16). De acordo com a administração da unidade, não há registro de mortos e ainda estava sendo feito durante a manhã o levantamento de danos causados à estrutura do prédio.
O motim teve início na madrugada desta segunda-feira (16) e durou aproximadamente três horas. Segundo o diretor do estabelecimento, Alexandro Coutinho, cinco agentes carcerários faziam guarda no presídio no momento da rebelião.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sispern) informou que a unidade abriga hoje 496 apenados. Os detentos ameaçavam invadir o Pavilhão 2, onde estão encarcerados os presos de melhor comportamento e que ajudam nos serviços gerais do presídio. Eles não são aceitos nos demais pavilhões e constantemente são constrangidos pelos demais presidiários.
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Coutinho confirmou que os detentos informaram à direção que o motim foi uma represália ao massacre registrado no sábado (14), na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal . Na ocasião, 26 presos ligados à facção Sindicato do Crime do RN (SDC) foram assassinados por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Retaliação fora das unidades prisionais
O Sindicato dos Agentes Penitenciários afirmou que os presos disseram que a resposta ao PCC não ficará somente dentro das unidades carcerárias.
O massacre em Alcaçuz ocorreu durante uma rebelião que durou aproximadamente 14 horas. O motim teve início no final da tarde do sábado, 14, e as forças de segurança do Estado só conseguiram adentrar na penitenciária e acabar com a confusão já na manhã do Domingo (15). Entre os mortos, havia presos carbonizados e também decapitados.