As fortes dores nas articulações, também chamadas de artralgia, são a principal manifestação clínica de chicungunha. Essas dores podem se manifestar em todas as articulações, principalmente nas palmas dos pés e das mãos, como dedos, tornozelos e pulsos. Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
A confirmação do diagnóstico é feita a partir da análise clínica de amostras de sangue e o tratamento contra a febre chicungunha é sintomático, ou seja, analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas, sempre sob supervisão médica. Medidas como beber bastante água e guardar repouso também ajudam na recuperação.
Leia Também
- PE: Chicungunha, zika e dengue mantêm ritmo de queda no início do ano
- Dengue pode agravar danos causados pelo zika vírus
- Crianças com síndrome congênita do zika recebem atendimento em Caruaru
- Chicungunha é o maior desafio de saúde pública em 2017, diz ministro
- Conheça histórias de vida marcadas pela dengue, chicungunha e zika
- Fiocruz: epidemias de zika e chicungunha serão mais fortes em 2017
- Recife e mais 854 cidades podem ter epidemais de dengue, zika e Chicungunha
- Governo acredita que chicungunha será o pior problema do próximo verão
Anti-inflamatórios e até fisioterapia podem ser indicados ao paciente se a dor nas articulações persistir mesmo depois da febre ter cessado.
A chicungunha é considerada mais branda do que a dengue e são muito raras as mortes que ocorrem por sua manifestação. Os óbitos, todavia, podem ocorrem por complicações em pacientes com doenças pré-existentes. Em 2016, foram confirmadas 6 mortes por febre de chicungunha, sendo 3 no estado da Bahia, as outras três nos estados de Sergipe, São Paulo e Pernambuco.
Dengue
Os quatro sorotipos da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O principal sintoma da doença é a febre alta acompanhada de fortes dores de cabeça (cefaleia). Dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea também fazem parte do quadro clássico da dengue.
Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente sob a pressão das mãos. O rash normalmente surge a partir do terceiro dia de febre. Diarreia, vômitos, tosse e congestão nasal também podem estar presentes no quadro e podem comumente levar à confusão com outras viroses.
O quadro de dengue clássico dura de 5 a 7 dias, desaparece espontaneamente e o paciente costuma curar-se sem sequelas.
Já na ocorrência de dengue hemorrágica a situação torna-se mais complicada. A doença, cuja ocorrência é mais comum em pacientes que apresentam um segundo episódio de dengue, de um sorotipo diferente do primeiro caso, causa alterações na coagulação do sangue, inflamação difusa dos vasos sanguíneos e trombocitopenia (a queda do número de plaquetas). Devido à queda das plaquetas e à inflamação dos vasos, os pacientes apresentam tendência a sangramentos que não cessam espontaneamente, dor abdominal intensa e contínua, pele fria, úmida e pegajosa; hipotensão (choque); letargia e dificuldade respiratória (derrame pleural ou líquido nos pulmões).
Dentre as três doenças, a dengue tem sido considerada a mais perigosa pelo número de mortes. Em 2016 foram confirmados 826 casos de dengue grave e 8.116 casos de dengue com sinais de alarme; dos quais 6,8% resultaram em morte, com um total de 609 mortes confirmadas ao longo do ano. No mesmo período de 2015 foram confirmados 972 mortes, representando uma proporção de 4,3% dos casos graves ou com sinais de alarme.