O surto de febre amarela fez com que o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) aumentasse a produção de imunizantes contra a doença, passando de 4 milhões para 9 milhões de doses por mês, capacidade máxima de produção da vacina.
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Segundo o instituto, a produção da vacina tríplice viral, que protege contra caxumba, rubéola e sarampo, chegou a ser afetada pela medida, mas a população não sentirá o impacto. "A população não foi afetada por essa priorização temporária, visto que as doses necessárias foram compradas no mercado internacional para atender à demanda nacional", informou, em nota.
O laboratório produz as vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunização (PNI), como poliomielite e rotavírus humano.
O reforço na produção da vacina contra a febre amarela começou no ano passado, após uma solicitação do Ministério da Saúde, de acordo com o Bio-Manguinhos, mas para suprir a demanda de países africanos, que enfrentavam um surto da doença. "No Brasil, desde que começaram a surgir os primeiros casos da doença, em janeiro, Bio-Manguinhos reforçou a produção, priorizando a demanda nacional."
O laboratório informou que, entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, entregou 13,1 milhões de doses da vacina para o PNI. "Não temos informação de quantas doses foram distribuídas no País, pois quem controla a distribuição é a Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Cenadi)."
Surto de febre amarela
Em boletim divulgado na segunda-feira (30), o Ministério da Saúde informou que há 120 casos confirmados da infecção. Já foram registradas 51 mortes no País.
As autoridades sanitárias investigam ainda 623 casos. O Estado que concentra mais registros suspeitos é Minas Gerais, com 584 casos em investigação, 126 confirmados, 44 mortes e outros 72 óbitos em análise. No Estado de São Paulo, o número de óbitos confirmados chegou a seis, dos quais quatro são de pessoas que se infectaram em Minas.