Depois das cidades-satélite, é a vez do Plano Piloto, área nobre de Brasília, enfrentar o racionamento de água. A decisão foi anunciada esta semana pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e começa a valer a partir da próxima segunda. O Palácio do Alvorada e prédios da Esplanada, no entanto, vão escapar da medida.
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O racionamento de água teve início na segunda quinzena de janeiro e atinge, até o momento 1,8 milhão de pessoas. Com a extensão da medida, o racionamento deve afetar mais 557 mil pessoas. A interrupção do fornecimento vai ocorrer em um dia da semana. Nos dois dias que se seguem a essa medida, o fornecimento retorna gradativamente ao normal.
De acordo com a Caesb, com as primeiras semanas de rodízio, houve uma redução da captação de água dos reservatórios em torno de 14%. O volume de águas está bem abaixo do que seria considerado ideal. Na barragem de Alto Descoberto, a capacidade é de 37%. Na de Santa Maria, que abastece as áreas que serão agora atingidas pela extensão do rodízio, 45% . Não há prazo para que o racionamento seja suspenso.
De acordo com a Caesb, a bacia do Alto Descoberto tem registrado, historicamente, um volume de chuvas de 669 milímetros no período que vai de setembro a dezembro. Em 2016, o volume de chuva medido na região, de setembro até dezembro, ficou em 516 milímetros, um pouco acima do volume de 2015, que foi de 450 milímetros.
De acordo com a Caesb, a Esplanada dos Ministérios foi poupada do racionamento para evitar prejuízos nas atividades públicas. No Plano Piloto, o consumo médio diário de água é de 345 litros por habitante. O maior consumo é registrado no Lago Sul, com 417 litros por habitante por dia.