Um homem apontado como liderança da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso na noite de domingo (23) quando jantava em um restaurante, em Vinhedo, interior de São Paulo.
Adriano Paulo da Costa, de 42 anos, é suspeito de ter participado do assassinato de um policial militar, durante ataques do PCC a forças de segurança, em 2006, em Jundiaí. Ele foi abordado por policiais militares, quando ocupava uma mesa no restaurante com outras nove pessoas. Costa tentou corromper os agentes oferecendo dinheiro e armas.
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Os policiais simularam concordar com a corrupção e foram até a casa indicada pelo suspeito, em Itatiba. No local, foram apreendidos um revólver, uma pistola, munições de vários calibres e R$ 24,5 mil em dinheiro. A polícia suspeita que o dinheiro é proveniente de tráfico de drogas. Dois veículos que teriam sido adquiridos com a renda do tráfico foram apreendidos. Os policiais também encontraram cadernos de contabilidade e um impresso com uma espécie de "estatuto" do PCC. O suspeito vai responder também pelos crimes de posse ilegal de arma, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Costa já havia sido preso, em 2013, com outros integrantes da facção, acusado de lavagem de dinheiro do tráfico e de controlar as contas da organização criminosa, além da participação na morte do policial. Na ocasião, ele mantinha uma revenda em Vinhedo, onde foram apreendidos 22 veículos, inclusive carros de luxo, de origem suspeita. Ele foi solto graças a um habeas corpus do habeas corpus do Tribunal de Justiça, mas teve novo pedido de prisão expedido e estava foragido.
Morte de policial militar
O policial militar Nelson Pinto foi morto durante os ataques promovidos pelo PCC em todo o Estado, em maio de 2006. Além de Costa, foram acusados e julgados pelo crimes o líder máximo da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outras lideranças, como Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Gelson Gomes, o Gelsinho. O PM Nelson foi baleado e morto em 12 de maio, na primeira noite dos ataques que resultaram em queimas de ônibus, depredações em lojas, agências bancárias e em uma grande rebelião em 80 unidades prisionais do Estado.