GOIÁS

PM é afastado após agressão contra estudante durante protesto em Goiás

O policial foi afastado das ruas, mas continua trabalhando administrativamente. O estudante sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas

JC Online e ABr
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Publicado em 01/05/2017 às 10:49
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O policial foi afastado das ruas, mas continua trabalhando administrativamente. O estudante sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas - FOTO: Foto: Reprodução/UOL
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A Polícia Militar de Goiás decidiu afastar das funções de rua o capitão Augusto Sampaio, subcomandante da 37ª Companhia Independente, pela agressão contra o estudante Mateus Ferreira, 33 anos, durante uma manifestação em Goiânia, na sexta-feira (28).

O capitão continua trabalhando administrativamente enquanto a apuração dos fatos é concluída. O estudante continua internado em estado grave. Ele sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.

Segundo boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgado nesta segunda-feira (1º), o estudante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado, respirando por aparelhos e com pressão baixa.

Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes, que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais registrou o exato momento em que Silva foi atingido por um policial portando um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando um policial militar o atinge na cabeça, segurando o cassetete com as duas mãos.

Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de ciências sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis.

Chefiada pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri, um especialista na área de direitos humanos, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás instaurou um procedimento investigatório para apurar a atuação policial, esclarecer se houve abusos e identificar os eventuais responsáveis.

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