O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas do Brasil (SGDC) foi lançado ao espaço nesta quinta (4). Com 5,8 toneladas e cinco metros de altura, o SGDC ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o oceano Atlântico. A expectativa do governo é que o equipamento melhore a difusão da banda larga em todo o País. O lançamento do Satélite Geoestacionário aconteceu no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, e foi acompanhado no Brasil pelo presidente Michel Temer e pelos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, na sede do VI Comando Aéreo Regional, em Brasília.
A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.
Depois do lançamento do foguete que leva o equipamento ao espaço, haverá um tempo de 28 minutos até a separação do satélite, que levará cerca de dez dias para chegar à sua posição final.
Depois disso, serão feitos testes por 30 dias. Em meados de junho, o controle operacional do satélite já poderá ser feito pelas Forças Armadas. A banda utilizada para comunicações poderá ser usada a partir de setembro.
Leia Também
Do espaço, o satélite vai se comunicar com uma antena de 18 metros de altura, 13 metros de diâmetro e 42 toneladas, localizada em Brasília (DF). Uma segunda antena, em um centro de controle secundário, ficará no Rio de Janeiro (RJ).
Por meio da banda Ka, o SGDC terá capacidade para tramitar 54 gigabits por segundo, sendo considerado pelo Governo Federal como prioritário para expandir o acesso à banda larga em regiões remotas do país. Ao mesmo tempo, por meio da banda X, o satélite será utilizado para transmissões militares.
Com 5 metros de altura e pesando 5,8 toneladas, o SGDC é uma parceria entre o @mctic e o @DefesaGovBr #SGDC pic.twitter.com/HwGVWCutid
— TV NBR (@TVNBR) 4 de maio de 2017
O projeto, uma parceria entre os ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação, é um investimento da ordem inicial de R$ 1,7 bilhão. Ao todo, cerca de 30 profissionais brasileiros, oriundos da Agência Espacial Brasileira, Telebras, Visiona, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ministério da Defesa, acompanharam o processo de preparação para o lançamento.
Transporte
Para o transporte do satélite, está sendo utilizado o Ariane 5 ECA, veículo lançador de origem francesa. Ele tem capacidade para levar cargas com mais de 10 toneladas para a órbita geoestacionária – como é o caso do satélite brasileiro – ou superior a 20 toneladas em órbitas mais baixas. Geralmente, a bordo dele estão sempre dois satélites de telecomunicações. Nessa missão, o Ariane 5 levará também o sul-coreano Koreasat-7 como companheiro de voo do SGDC.
O lançamento do foguete francês Ariane 5, para transporte do satélite brasileiro, já havia sido adiado por duas vezes por conta de greves.