Das 17.523 denúncias registradas pelo Disque 100 em todo o Brasil no ano de 2016, 227 são em Pernambuco. O resultado é o segundo menor quando comparado com os outros estados do Nordeste, onde apenas o Rio Grande do Norte tem menos registros, com 208 chamadas.
Entre os 227 casos notificados na Central, 157 foram de abuso sexual, 51 de exploração sexual, 4 de grooming (casos de sedução de crianças pela internet), 1 de exploração sexual no turismo, 6 de sexting (envio de mensagens ou imagens com conotação sexual sugestiva ou explícita via smartphone), 3 de pornografia infantil e 5 de outros tipos de denúncia.
Os dados de 2016 no Estado ainda representam uma queda de aproximadamente 71% em relação a 2015, quando Pernambuco teve 782 registros no Disque 100.
Nos dados de todo o Brasil, 67,69% das vítimas eram meninas, 16,52% meninos e 15,79% não tiveram o gênero revelado, sendo 40% crianças de 0 a 11 anos. Na faixa etária entre 12 e 14 anos, a taxa é de 30,03% e entre 15 e 17 anos, a taxa fica em 20,09 das denúncias.
Ações pelo Brasil
Com a intenção de conscientizar a sociedade, as ONGs Childhood Brasil, Fundação Abrinq, Liberta, Plan International Brasil e a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente se juntaram para ações nesta quinta, 18 de maio, Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Num trabalho conjunto com o "Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes”, a Secretaria irá participar de uma solenidade na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Ainda serão realizadas oficinas e apresentações culturais nesta sexta (19) e o "Show Pela Vida, Contra Violência: 17 anos de Mobilização" neste sábado(20) no Parque da Cidade, também na capital federal.
Já no Nordeste, ações ocorrem em Salvador, na Bahia, Teresina, no Piauí e São Luís e Codó, no Maranhão. A capital baiana receberá a apresentação da pesquisa “O Cenário das Violências Sexuais do Projeto Down to Zero”. O trabalho visa reduzir o número de crianças que são vítimas ou vivem em situação de risco de exploração sexual comercial em comunidades baianas até 2020.