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Justiça Federal em PE julgará jornalista da GloboNews por discriminação a nordestinos

Episódio aconteceu durante programa exibido nas eleições de 2014

JC Online
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Publicado em 26/05/2017 às 13:00
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Episódio aconteceu durante programa exibido nas eleições de 2014 - FOTO: Foto: Reprodução
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O processo a respeito das declarações do jornalista Diogo Mainardi, que faz parte do programa Manhattan Connection, da GloboNews deverá prosseguir na 13ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco. O episódio ganhou repercussão nacional, quando, logo após as eleições de 2014, Mainardi afirmou que o Nordeste “sempre foi retrógrado, sempre foi governista, sempre foi bovino”, em crítica à escolha eleitoral da região para a presidência naquele ano.

Segundo o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, autor do voto vencedor, o caso atrai a competência da Justiça Federal, pois a acusação de racismo é uma violação a tratado internacional do qual o Brasil é signatário. Além disso, segundo o ministro, devido à incerteza sobre o local de residência do investigado à época dos fatos e o local de produção do programa, o juízo competente para investigar e julgar o caso é o primeiro a ter conhecimento sobre os fatos, no caso a 13ª Vara Federal em Pernambuco, nos termos do parágrafo 2º do artigo 72 do Código de Processo Penal.

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"Essa eleição é a prova de que o Brasil ficou no passado. O Nordeste sempre foi retrógrado, sempre foi governista, sempre foi bovino, sempre foi subalterno ao poder. é uma região atrasada, pouca educada, pouco instruída, que tem uma grande dificuldade para se modernizar", disse o jornalista quando questionado sobre o resultado das eleições de 2014.

Após ter sido criticado até mesmo pelo jogador Hulk, Mainardi pediu desculpas e disse que a intenção dele era ofender a "mixórdia petista".

Após ter um pedido de Habeas Corpus negado, o jornalista agora tentará que o entendimento da justiça seja contrário à classificação dos comentários como "racismo e discriminação". A decisão ficará a cargo da 13ª Vara Federal em Pernambuco, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter decidido pela competência do processo representado por um cidadão.

 

 

 

 

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