CRIME

Ministro da Justiça determina que PF investigue chacina rural no Pará

Torquato Jardim determinou entrada da Polícia Federal no caso 2 dias após ser empossado

JC Online
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Publicado em 02/06/2017 às 12:50
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Torquato Jardim determinou entrada da Polícia Federal no caso 2 dias após ser empossado - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, determinou, nesta sexta-feira (2), que a Polícia Federal investigue a chacina no Pará, provocada por policiais, que terminou na morte de 10 trabalhadores rurais. O crime aconteceu em meio a mais um episódio de conflito fundiário no norte do País. Essa é uma das primeiras decisões do ministro escolhido por Michel Temer para a pasta, empossado há 2 dias.

O caso, que completou uma semana nessa quarta-feira (31), chocou os movimentos sociais e as instituições que acompanham os conflitos fundiários no Brasil pela forma como os 21 policiais militares e oito civis agiram.

Os policiais sustentam que foram recebidos a tiros pelos ocupantes da terra ao chegarem à fazenda para cumprir os mandados. Por isso, teriam reagido. A versão é contestada pelos familiares das vítimas e sobreviventes, que apontam para a existência de indícios de manipulação da cena do crime por parte dos agentes.

Na terça-feira (30), um relatório apresentado por deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará concluiu que a polícia violou direitos humanos, desobedeceu protocolos legais e descaracterizou a cena de crime.

Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, também na quarta-feira (31), a criação de uma comissão especial para acompanhar as investigações da chacina na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no sudeste do Pará.

Experiência em segurança

Durante a primeira entrevista coletiva como ministro, logo após a posse, Torquato Jardim havia afirmado que a experiência que tem em segurança pública – uma das áreas da pasta que comanda – se limitava a assaltos dos quais ele e duas tias foram vítimas em Brasília e no Rio de Janeiro. “Minha experiência em segurança pública foi ter duas tias e eu próprio assaltados. Em Brasília e no Rio de Janeiro”, declarou. O ministro também disse que “a pasta é muito grande” e que “ninguém chega lá sabendo de tudo”, garantiu.

 

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