Por meio da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), no Rio de Janeiro, até 11 juízes serão submetidos a sentir na pele como é, por um dia, a rotina de um cobrador de ônibus, um copeiro, um auxiliar de limpeza, jardineiro e operador de caixa de supermercado.
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A proposta, que tem como objetivo "suscitar nos magistrados a experiência de uma pesquisa etnográfica", é uma estratégia pedagógica para ampliar as ferramentas disponíveis aos magistrados para lidar com " a complexa litigiosidade que lhes é submetida", possibilitando a abertura de múltiplas formas de interpretações do mundo, já que os juízes lidam diariamente com a realidade desses trabalhadores nos tribunais que julgam causas trabalhistas .
Antes do dia de trabalho, os magistrados passarão por um encontro teórico-preparatório, treinamento da empresa, prática etnográfica supervisionada, o trabalho de campo, além da entrega de um diário de campo, bem como de um relatório final.
Pernambuco
A prática adotada pela escola judicial do TRT1 ainda não é realizada em Pernambuco. No Estado, é adotado um método parecido durante a formação dos juízes, com visitas a locais de trabalho como call centers.
Para participar da ação, é preciso que os juízes sejam parte integrante do TRT da 1ª Região e se comprometam a manter o sigilo durante toda a atividade.