BANCO DO NORDESTE

Justiça Federal bloqueia bens de envolvidos em fraudes no BNB

A decisão foi tomada a partir de denúncia do Ministério Público Federal na Bahia (MPF)

ABr
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Publicado em 12/07/2017 às 13:10
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A decisão foi tomada a partir de denúncia do Ministério Público Federal na Bahia (MPF) - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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A Justiça Federal na Bahia, por meio de medida cautelar, determinou o bloqueio de bens de seis pessoas acusadas de fraude contra o Banco do Nordeste (BNB) em mais de R$ 5 milhões, para a construção de barcos de pesca, em Itacaré, no sul da Bahia.

A decisão foi tomada a partir de denúncia do Ministério Público Federal na Bahia (MPF) e o bloqueio equivale a valor semelhante ao obtido em financiamento pela entidade financeira lesada. Além dos acusados, uma cooperativa e um estaleiro também tiveram bens bloqueados.

Segundo o MPF, um dos denunciados era o então presidente da Cooperativa Mista de Pesca de Itacaré (Coompi) que solicitou ao BNB um financiamento superior a R$ 5 milhões, que seria destinado à construção de dois barcos de pesca. Para conseguir o financiamento, o presidente uniu-se ao administrador do Estaleiro do Brasil Ltda (Estalbrás), empresa que construiria as embarcações e entraria com a verba própria da cooperativa, complementar à do financiamento.

Pedido aprovado

Inicialmente, o MPF apurou que o pedido foi negado na agência do BNB em Ilhéus, porque uma vistoria técnica confirmou que a cooperativa estava inativa. No entanto, o pedido foi aprovado em uma agência de Salvador, por dois gerentes do banco, também acusados pelo MPF. Além disso, os bancários dispensaram, de forma irregular, a cooperativa de pagar o seguro necessário para a transação.

Com a verba do financiamento em mãos, o presidente da Coompi empregou os recursos em outras finalidades. Foi detectado que apenas uma embarcação foi construída e, mesmo assim, além do prazo estipulado no projeto apresentado ao banco e com notas fiscais forjadas.

Além do bloqueio dos bens, um dos bancários da agência de Salvador foi afastado de suas atividades.

A reportagem não conseguiu contato com a Coompi e a Estalbrás, para comentar a denúncia.

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