São Paulo

Alckmin diz que 'se Deus quiser' pagará mais bônus a policiais

Aumento de assassinatos e crimes conra o patrimônio deixou todos os indicadores com desempenho 'insatisfatório' o que reduziu pagamento de bônus aos agentes

Estadão Conteúdo
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Publicado em 26/07/2017 às 14:46
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Aumento de assassinatos e crimes conra o patrimônio deixou todos os indicadores com desempenho 'insatisfatório' o que reduziu pagamento de bônus aos agentes - FOTO: Foto: ABr
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (26) que "se Deus quiser" o Estado pagará mais bônus aos policiais paulistas - uma forma de premiação pela redução de crimes no Estado -, após a queda ocorrida de acordo com os últimos dados disponíveis. Reportagem de O Estado de S Paulo publicada nesta quarta mostra que a alta no número de assassinatos e crimes contra o patrimônio no Estado no segundo trimestre de 2016 fez com que todos indicadores avaliados tivessem desempenho "insatisfatório", com a redução no pagamento dos bônus aos policiais. O resultado naquele trimestre do ano passado, o mais recente disponibilizado, é o pior desde 2014, quando Alckmin iniciou o pagamento de bônus para policiais que conseguem diminuir a criminalidade.

Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) mostram que no segundo trimestre de 2016, 2.085 policiais militares e 715 policiais civis receberam a bonificação, que custou R$ 1,3 milhão. No terceiro trimestre de 2014 - quando o pagamento foi recorde -, 44,8 mil PMs, 17,3 mil civis e 3.436 peritos foram premiados, a custo total de R$ 110 milhões, quase 85 vezes mais. "Queremos pagar mais bônus, que, além do salário é premiação por resultado. Queremos, se Deus quiser, no próximo trimestre, pagar mais, sinal que os indicadores foram atingidos. É estimulo para a polícia", disse Alckmin.

O programa de bônus SP Contra o Crime paga até R$ 2 mil a cada policial. O sistema de metas analisa três indicadores estratégicos: Vítimas de Letalidade Violenta (VLV), Roubo e Furto de Veículos (RFV) e Roubos Outros (RO) - critério que foi incluído em 2015. É o governo quem define as metas, que funcionam como um "teto" para os delitos. 

Roubo de cargas

Sobre o crescimento de 23% no roubo de cargas no Estado de São Paulo no primeiro semestre de 2017 ante igual período de 2016, para 5.417 ocorrências e a alta de 19% em junho, pelo 13º mês consecutivo, Alckmin citou que "54 casos foram esclarecidos, que os criminosos foram presos e 59 cargas recuperadas" e também mencionou a lei que pune receptadores dessa prática criminal. "Aprovamos uma lei que pune o receptador. Se pegarmos o receptador cancelamos a inscrição estadual dele", disse o governador.

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