Durante operação realizada entre os dias 6 e 12 de outubro na cidade de Boa Vista (RR), o Ministério do Trabalho encontrou 118 crianças e adolescentes em atividades consideradas como as piores formas de trabalho infantil. Pelo menos 13 menores de idade trabalhavam na coleta de lixo em um aterro sanitário a 13 quilômetros do centro da capital. O lixão foi interditado e a empresa administradora, Sanepav Ambiental, foi autuada por 12 infrações às normas de segurança e saúde.
Leia Também
- MPT realiza debate sobre trabalho infantil
- OIT pede que trabalho infantil acabe em zonas de conflito e catástrofe
- Brasil registra aumento de trabalho infantil entre crianças
- Conscientização e denúncia são caminhos para frear trabalho infantil
- Salvador registra quase 800 casos de trabalho infantil durante o carnaval
- Trabalho infantil cresceu 4,5% em 2014, revela IBGE
Também foram identificadas irregularidades durante o último fim de semana em feiras públicas da região - na feira do bairro Pintolândia, foram identificadas 48 crianças em situação de risco; na dos Garimpeiros, 40; e na dos Produtores, seis. Outros dez menores de idade foram encontrados nas ruas em situação de grave risco social. A prefeitura de Boa Vista e o Estado de Roraima foram notificados em relação às crianças encontradas sozinhas ou em companhia dos pais.
Grupo Especial de Combate ao Trabalho Infantil
De acordo com a coordenadora do Grupo Especial de Combate ao Trabalho Infantil, Marinalva Dantas, o aterro foi o local onde foram encontradas as situações mais graves. "[Havia] crianças trabalhando e muitas delas morando no meio do lixo, sujeitas a doenças e sem as mínimas condições de proteção à sua saúde", relatou.
