Atualizada às 19h30
O adolescente de 14 anos que abriu fogo contra estudantes do colégio Goyases, em Goiânia, Goiás, teria promovido o ataque, no fim da manhã desta sexta-feira (20), por conta do bullying que sofria. De acordo com informações repassadas por colegas de classe ao jornal Popular, o garoto era frequentemente chamado de "fedorento".
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De acordo com o assessor de comunicação da Polícia Militar, Marcelo Granja, a arma utilizada no ataque foi uma pistola .40, pertencente à corporação. "O pai dele, que é oficial da Polícia Militar, esteve aqui e acompanhou o caso. A pistola .40 é da Polícia Militar do Estado de Goiás", confirmou à imprensa. Nesta sexta, dia da tragédia, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Bullying.
Ainda segundo o assessor da PM, seis pessoas foram atingidas pelos disparos, duas morreram. O menor foi apreendido e encaminhado à sede da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). Na sequência, foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para realizar os exames de corpo de delito e deve voltar à Delegacia. O IML confirmou ainda que, até às 13h, os corpos das vítimas ainda estavam na escola e sem identificação.
Conforme ainda o relato de estudantes, hoje seria o dia em que uma das vítimas mortas teria afirmado ao adolescente vítima de bullying que levaria um desodorante para a sala de aula. Por telefone, a unidade escolar afirmou que uma nota será divulgada ainda nesta tarde sobre o ocorrido.
Vítimas
De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Urgência de Goiânia (HUGO), três vítimas do tiroteio deram entrada na unidade. Um menino de 13 anos e duas meninas, uma de 13 e outra com 12 (fará 13 na próxima quarta-feira).
O menino está em estado de saúde regular. Ele está orientado, consciente, com respiração espontânea e encontra-se internado em um leito de enfermaria. A menina de 13 anos também está com o estado de saúde regular. A paciente foi submetida a procedimento cirúrgico para drenagem torácica e, neste momento, encontra-se orientada, consciente, com respiração espontânea e internada em um leito de enfermaria. Por fim, a outra menina, de 12 anos, está com estado de saúde grave. Ela foi submetida a procedimentos cirúrgicos para drenagem torácica bilateral e encontra-se internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedada e intubada.