O motorista que levava a turista espanhola Maria Esperanza Ruiz para a favela da Rocinha, na manhã desta segunda-feira, 23, disse à Polícia Civil não ter visualizado o bloqueio policial de dentro do carro, que tem película escura nos vidros.
Leia Também
- Rocinha registra novo tiroteio entre criminosos e policiais
- Forças Armadas voltam à Rocinha para apoiar a polícia em novas buscas
- Forças Armadas cercam a Rocinha pelo segundo dia consecutivo
- Dezesseis mortos em 24 dias da operação na Rocinha e outras favelas
- Turista espanhola é morta por policiais na Rocinha
A Polícia Militar informara mais cedo que o automóvel furou o bloqueio de policiais e que, por isso, eles atiraram, matando a turista. Maria Esperanza foi atingida na região do pescoço; tudo indica que tenha sido um disparo de fuzil.
O delegado Fabio Cardoso, da Delegacia de Homicídios do Rio, onde ficarão concentradas as investigações, disse que informações preliminares dão conta de que "o motorista não viu a suposta blitz".
Investigação
"Foi ouvido o disparo e a turista caiu dentro do carro. A irmã dela estava no carro e disse que também não viu o bloqueio", afirmou o delegado, que já mandou apreender três fuzis usados pelos PMs. "Uma turista vir ao Rio e ser assassinada é inadmissível. A gente vai identificar e colocar na cadeia quem fez essa covardia. Até o fim da tarde teremos pessoas identificadas e presas. Mas qualquer divulgação prematura pode ser leviana, pode levar a pré-julgamentos. Vamos ver a dinâmica, se havia ou não blitz, se era visível ou não."
Serão ouvidos a irmã da vítima, o motorista - que é brasileiro, segundo o delegado - e os PMs. As identidades e patentes não foram divulgadas.