RIO DE JANEIRO

Motorista que levava turista espanhola à Rocinha não viu o bloqueio

A irmã da vítima também afirmou não ter visto o bloqueio policial

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Publicado em 23/10/2017 às 17:09
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O motorista que levava a turista espanhola Maria Esperanza Ruiz para a favela da Rocinha, na manhã desta segunda-feira, 23, disse à Polícia Civil não ter visualizado o bloqueio policial de dentro do carro, que tem película escura nos vidros.

A Polícia Militar informara mais cedo que o automóvel furou o bloqueio de policiais e que, por isso, eles atiraram, matando a turista. Maria Esperanza foi atingida na região do pescoço; tudo indica que tenha sido um disparo de fuzil.

O delegado Fabio Cardoso, da Delegacia de Homicídios do Rio, onde ficarão concentradas as investigações, disse que informações preliminares dão conta de que "o motorista não viu a suposta blitz".

Investigação

"Foi ouvido o disparo e a turista caiu dentro do carro. A irmã dela estava no carro e disse que também não viu o bloqueio", afirmou o delegado, que já mandou apreender três fuzis usados pelos PMs. "Uma turista vir ao Rio e ser assassinada é inadmissível. A gente vai identificar e colocar na cadeia quem fez essa covardia. Até o fim da tarde teremos pessoas identificadas e presas. Mas qualquer divulgação prematura pode ser leviana, pode levar a pré-julgamentos. Vamos ver a dinâmica, se havia ou não blitz, se era visível ou não."

Serão ouvidos a irmã da vítima, o motorista - que é brasileiro, segundo o delegado - e os PMs. As identidades e patentes não foram divulgadas.

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María Esperanza, 67 anos, foi levada ao Hospital Miguel Couto, mas não resistiu aos ferimentos - MAURO PIMENTEL / AFP
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A guia turística que acompanhava a turista prestou depoimento na Delegacia de Apoio ao Turismo - MAURO PIMENTEL / AFP
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O turista Jose Luiz, irmão de María Esperanza também foi para a Delegacia de Apoio ao Turismo - MAURO PIMENTEL / AFP

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