SEGURANÇA PÚBLICA

Forças Armadas permanecem no Rio até o final de 2018

O presidente Michel Temer assinou o decreto que autoriza a prorrogação nesta sexta-feira (29)

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Publicado em 29/12/2017 às 14:49
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O presidente Michel Temer assinou o decreto que autoriza a prorrogação nesta sexta-feira (29) - FOTO: Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirmou que o efetivo de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica  que desde julho atua junto aos órgãos de segurança pública do Rio de Janeiro será mantido no estado até o fim de 2018.

De acordo com o ministro, o presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (29) o decreto que autoriza a prorrogação da participação de tropas das Forças Armadas em ações para garantia da lei e da ordem no estado.

Na próxima semana, Jungmann e os ministros da Justiça, Torquato Jardim, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, devem se reunir com o governador Luiz Fernando Pezão para definir um protocolo onde serão estabelecidos os deveres e ações de cada ente envolvido na atuação militar.

“Estabeleceremos os compromissos dos governos federal e estadual a fim de torná-los públicos para que a sociedade possa acompanhar o cumprimento daquilo com que [cada ente] se comprometeu”, disse Jungmann, que tem repetido que os problemas de segurança pública dos estados não serão resolvidos pelas Forças Armadas. 

A autorização presidencial para emprego das Forças Armadas no Rio de Janeiro, em vigor desde 28 de julho, se encerra no próximo domingo (31).

Quinta-feira (28), ao fazer balanço das ações do Ministério da Defesa ao longo deste ano, Jungmann já tinha antecipado que o Palácio do Planalto autorizaria a permanência dos militares em território fluminense. Para o ministro, o fato do estado continuar necessitando do apoio federal não significa que a ação militar tenha fracassado.

“Nós nunca nos propusemos a, neste período de tempo, resolver o problema da segurança pública no Rio de Janeiro. O [caso do] estado não é uma exceção, mas, infelizmente, está um passo adiante em termos de criticidade da [falta de] segurança, do nível de degradação em termos de violência”, disse o ministro. “Há uma expectativa salvacionista em torno das Forças Armadas, que se dispuseram a ser auxiliares e não falharam absolutamente em nada. Até porque, não assumimos a segurança do Rio de Janeiro. Não se trata de uma intervenção.”

De acordo com Jungman, a participação de efetivos das Forças Armadas nas ações de manutenção da segurança pública no Rio de Janeiro já custou cerca de R$ 42 milhões aos cofres da União. “Até aqui, as Forças Armadas têm, basicamente, trabalhado integradamente com os serviços de inteligência; varreduras quando necessário e o fechamento [dos acessos] às comunidades onde as forças policiais que conhecem o local possam atuar”, afirmou.

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