"Acabaram com a minha vida". Foi assim que Niedja da Silva Araújo definiu sua situação após o falecimento de sua filha de 8 meses, vítima de atropelamento de carro em Copacabana, no Rio. Ela ainda pediu que o motorista do carro, Antonio de Almeida Anaquim, responda pelo caso. Maria Louise Araújo Azevedo, de oito meses, sua mãe, além de mais 16 pessoas, foram atropelados após um carro invadir o calçadão da praia de Copacabana. A bebê não resistiu. As informações são do portal G1.
À Polícia Civil, Antonio informou que perdeu o controle do carro após um ataque epilético. Ele havia omitido a epilepsia quando tirou carteira de habilitação no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ). Embora, segundo o órgão, pessoas com epilepsia possam ter CHN (Tipo B), é necessário passar por uma avaliação neurológica antes.
Também foi confirmado, após um laudo, que ele não havia ingerido bebida alcoólica. Uma mulher que estava com o motorista confirmou a versão do desmaio após o ataque, além de outras testemunhas já terem sido ouvidas pela Polícia.
O Detran também informou que Antonio estava com a carteira suspensa desde maio de 2014, mas não cumpriu a devolução do documento e a determinação de fazer um curso de reciclagem. Por continuar dirigindo e cometendo infrações com a carteira suspensa, o órgão instaurou um processo de cassação do documento.
Corpo
Após receber alta do hospital nesta manhã, Niedja foi com a família ao Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo, mas não conseguiu sair do carro por motivo de dores. A família informou que terá que tirar outra certidão da criança para a liberação, pois a anterior havia molhado com uma chuva.