O motorista Antônio Almeida Anaquim, de 41 anos, que dirigia o carro que invadiu o calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, e deixou 16 pessoas feridas e um bebê morto, na noite dessa quinta-feira (18) estava com a carteira de habilitação suspensa desde maio de 2014, afirmou Detran-RJ por meio de uma nota. Ele atropelou as pessoas enquanto caminhavam pelo calçadão. No comunicado, o Detran informou que o condutor não cumpriu a exigência de devolução da habilitação. Antônio Almeida Anaquim não estava alcoolizado no momento do acidente, de acordo com o resultado de exame feito pelo Instituto Médico-Legal (IML).
Confira a nota do Detran:
Por ter cometido crime de trânsito e dirigido com a carteira suspensa, Anaquim terá sua documentação cassada:
"O Detran-RJ informa que o motorista Antonio de Almeida Anaquim, responsável pelo acidente na noite desta quinta-feira (18.01) na orla de Copacabana, está com a sua Carteira Nacional de Habilitação suspensa desde maio de 2014. No entanto, o cidadão não cumpriu com a exigência de devolução da CNH para realização de curso de reciclagem. Por cometer um crime de trânsito ao dirigir com a carteira suspensa, o cidadão terá sua documentação cassada, como determina a legislação federal de trânsito. Neste caso, o Detran esclarece que cumpriu com todo o trâmite do Código Brasileiro de Trânsito. O Detran-RJ, assim como toda a sociedade carioca, se solidariza com as vítimas deste acidente."
Em sua carteira de motorista, estão registradas 14 multas, que somam 62 pontos em infrações. Segundo o Departamento de Trânsito (Detran), Antonio de Almeida Anaquim estava com a habilitação suspensa desde maio de 2014.
Acidente
O motorista que causou o acidente afirmou à Polícia Civil ser epilético e ter sofrido um desmaio. Segundo testemunhas, o veículo desgovernado atravessou tanto a ciclovia como a calçada e só parou quando já estava com as quatro rodas sobre a areia. Antes da chegada da polícia, pedestres que estavam nas imediações chegaram a agredir o motorista, que tentou fugir para se proteger. Quando os policiais militares intervieram, Anaquim foi detido e conduzido para prestar depoimento na 12.ª DP (Copacabana).
Segundo os PMs, dentro do carro de Anaquim havia medicamentos para epilepsia. Após prestar depoimento, ele seria levado ao Instituto Médico-Legal (IML) para realizar exames de saúde que poderiam comprovar problema médico. Pessoas epiléticas podem dirigir automóveis, desde que comprovem não sofrer crises frequentes.