O Ministério da Saúde informou na manhã desta terça-feira (6) que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país. O caso de febre amarela em São Bernardo do Campo (SP) está sendo investigado por uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o que inclui o histórico do paciente e captura de mosquitos para identificar a forma de transmissão na região. De acordo com o órgão, deve ser observado que o paciente mora na região urbana, e possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes da conclusão do trabalho é precipitada, afirma o ministério.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura e, por meio de nota, foi esclarecido que a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) do Estado de São Paulo e o departamento municipal de controle de endemias farão "uma busca nas regiões frequentadas pelo paciente infectado para localizar mosquitos transmissores e identificar se a doença foi contraída no Jardim Represa (área próxima de mata e da represa Billings) ou no centro da cidade". Somente depois desta análise será confirmado o tipo da doença.
A Prefeitura de São Bernardo, por meio da secretaria de Saúde, esclarece que a análise é feita pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) do Estado de São Paulo e pelo departamento municipal de controle de endemias.
Nesta terça-feira (06/02), ambos os órgãos farão
Ainda segundo o MS, é importante informar que São Bernardo do Campo (SP) é uma das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de fracionamento da vacina de febre amarela.
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O Ministério da Saúde esclareceu que todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza a transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco.
Baixa probabilidade de transmissão urbana
A pasta afirmou que tem segurança de que a probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima por uma série de fatores: todas as investigações dos casos conduzidas até o momento indicam exposição a áreas de matas; em todos os locais onde ocorreram casos humanos, também ocorreram casos em macacos; todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela.
Além disso, completa o ministério, há boas coberturas vacinais nas áreas de recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação oportunamente.