A Prefeitura de São Paulo fechou acordo na noite desta quarta-feira (2), com a liderança do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM) para realocar famílias que moravam no Edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na madrugada dessa terça-feira (1º).
Segundo o acordo, os moradores serão levados do Largo do Paissandu, no centro, para o Centro de Inclusão pela Arte, Cultura, Trabalho e Educação (Cisarte), localizado no Viaduto Pedroso, número 111, a cerca de 3 quilômetros do local.
Leia Também
- Cães usados na busca em prédio que desabou não encontram vítimas
- Acidente doméstico é principal hipótese de incêndio de prédio em SP
- Moradores de prédio que desabou no centro de SP passam a noite na rua
- Famílias abandonam animais para escapar do incêndio em prédio de SP
- Entidades preparam atos de protesto e auxílio as vítimas de prédio
- Prefeitura de SP interdita edificações próximas ao prédio que desabou
- 'O prédio foi invadido, e parte dela por uma facção criminosa', diz Doria
A transferência dará prioridade a mulheres e crianças. Inicialmente, os moradores do prédio se recusavam a deixar o Largo do Paissandu, onde se instalaram em barracas perto da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Em meio às barracas de acampamento no Largo do Paissandu, com crianças e mulheres deitadas em colchões, há bastante lixo espalhado. O clima era de tensão na tarde desta quarta-feira e o local atraía curiosos desde as primeiras horas da manhã.
Cenário era de sujeira
No início da tarde, lonas foram erguidas e presas às paredes da igreja. O cenário era de sujeira, com pedaços de comida no chão. Montanhas de sacolas e caixas de papelão com doações lotavam a escadaria de entrada da igreja, que está de portas fechadas desde o início do dia.