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Outros dois PMs estariam envolvidos na morte de Marielle e Anderson, diz testemunha

Segundo a delação, a dupla de PMs, estariam com mais dois homens, no Cobalt prata, utilizado na execução

JC Online
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Publicado em 10/05/2018 às 7:44
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Segundo a delação, a dupla de PMs, estariam com mais dois homens, no Cobalt prata, utilizado na execução - FOTO: Foto: Divulgação
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Após as acusações sobre o vereador Marcelo Siciliano de ter interesses na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 14 de março, no Centro do Rio, a testemunha-chave afirmou em depoimento que outros dois policiais militares estariam envolvidos no crime. Segundo a delação, a dupla de PMs, estaria com mais dois homens no Cobalt prata, utilizado na execução. Segundo informações do jornal O Globo, todos os citados pela testemunha estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

Além da dupla de policias, foram citados o vereador Marcelo Siciliano (PHS) e o ex-policial Orlando Oliveira, conhecido como Orlando da Ciricica, atualmente preso. A testemunha-chave ainda revelou às autoridades que Marcello teria combinado a morte da parlamentar com Orlando.

"Minha relação com Marielle era muito boa, tínhamos carinho um pelo outro", disse em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (9). "Nunca tivemos conflitos políticos em região alguma", contou o vereador em depoimento à policia na última quarta-feira (9). 

Com relação ao contato dele com Orlando, Marcello afirmou que não descartava conhecer o ex-policial devido à sua atuação política ativa nas ruas. "Esse encontro nunca existiu, é pura mentira", disse.

Motivações

Quando questionado pelo objetivo que o vereador teria com a morte da vereadora, o delator contou que a motivação seria uma desavença entre Siciliano e Marielle motivada pela expansão das ações comunitárias dela na Zona Oeste e sua crescente influência em áreas de interesse da milícia.

Em entrevista, o vereador ainda relatou ter trabalhado em projetos com Marielle e negou ativamente ter contato com milicias. "Sou totalmente contra qualquer tipo de poder paralelo", afirmou.

Ordem para o crime

De acordo com reportagem do jornal O Globo, a testemunha contou que, um mês antes da execução, o ex-PM, já na cadeia, teria dado a ordem para o crime. Um homem identificado pela testemunha como Thiago Macaco teria sido o encarregado de fazer o levantamento dos hábitos de Marielle.

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