Fortaleza

Após morte, Beach Park reabre com brinquedo interditado e muita fila

O Beach Park havia fechado na terça-feira, dia seguinte à morte de turista paulista em brinquedo recém-inaugurado

Do O Povo para a Rede Nordeste
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Publicado em 18/07/2018 às 20:56
Foto: Evilázio Bezerra/O Povo
O Beach Park havia fechado na terça-feira, dia seguinte à morte de turista paulista em brinquedo recém-inaugurado - FOTO: Foto: Evilázio Bezerra/O Povo
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Esta quarta-feira, 18, foi dia de céu limpo, sol forte e grandes filas no Beach Park. O complexo aquático reabriu após um dia fechado, em função da morte do jornalista Ricardo José Hilário da Silva, de 43 anos, que morreu nesta segunda (16), ao descer o "Vainkará". O brinquedo havia sido inaugurado dois dias antes do acidente.

Desde os pórticos de entrada do parque, muita movimentação. Às 11 horas, horário de abertura dos portões, comércio e bilheterias tinham movimento intenso. Além de quem já havia comprado os ingressos antecipadamente, muita gente adquiria o bilhete na hora.

Elza Santana, militar carioca que passa férias com a família no Ceará, relatou cuidado extra em deixar os filhos de 7 e 12 anos brincarem. "Depois do acidente, a gente fica apreensiva porque pode acontecer de novo. A gente proibiu a ida aos brinquedos mais radicais", diz ela, que já conhecia o parque de outras viagens.

Turista de São Paulo, a advogada Andréa Abreu foi acompanhada da mãe e do filho de 7 anos. A família passa uma semana no Ceará. Ela disse não ter tido preocupações, mesmo após o acidente no parque aquático. "Foi uma fatalidade mesmo. Evitamos os brinquedos de maior altura e velocidade por conta da idade do meu filho, mas apesar do ocorrido o passeio está sendo agradável", detalha.

De Fortaleza, a microempresária Karine Almeida, 32, revela costume em visitar o parque. Já foi outras dezenas de vezes. Nesta quarta, estava acompanhada do esposo e de amiga turista de Alagoas. "Já não quero ir nesses brinquedos (arriscados). Costumo vir a cada dois ou três meses, mas hoje, tô assim, apreensiva", frisa Karine.

O equipamento

O Vainkará permanece interditado até conclusão da perícia e reparos necessários. Na manhã desta quarta, a placa com o nome do brinqueado havia sido removida e os acessos permaneciam bloqueados.

Nos demais brinquedos, o movimento era intenso. Nas proximidades, visitantes apontavam dedos ao toboágua, reforçando: "Foi aqui, o acidente".

No Insano, o toboágua mais alto do parque, com 41 metros, alguns pareciam mais amedrontados. Dupla de atores performava, convidando à aventura no brinquedo. A aceitação parecia pequena e eles continuavam a perguntar: "Quem quer descer no Insano, agora?".

O acidente

Nesta terça-feira, 17, o Beach Park lançou novo informativo. Levantamentos periciais iniciais reforçaram que a boia que levava Ricardo e outras três pessoas virou ao fim do percurso, dentro do toboágua. "É completamente equivocada a informação de que a boia ultrapassou a barreira de contenção do brinquedo e que os visitantes tenham sido arremessados", comunicou.

A vítima

A Perícia Forense do Estado liberou o corpo de Ricardo na manhã desta terça. O turista era locutor e radialista e apresentava programa matinal na Rádio Nova Brasil FM. Ele deixa uma filha de 8 anos.

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