Violência

Brasil registra novo recorde de homicídios, com quase 64 mil em 2017

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o País registrou em 2017 sete homicídios a cada hora

AFP
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Publicado em 09/08/2018 às 19:25
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Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o País registrou em 2017 sete homicídios a cada hora - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O Brasil bateu em 2017 um novo recorde de homicídios, com mais de sete assassinatos por hora e um total de 63.880 casos, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado nesta quinta-feira (9). Também aumentaram mais de 8% os casos notificados de estupros: foram 60.018 em 2017. 

Segundo o prestigioso anuário da organização Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os homicídios aumentaram 2,9% em relação aos registrados em 2016, quando a tendência crescente já havia marcado uma cifra sem precedentes.  

A insegurança aparece como um dos temas centrais nas campanhas dos candidatos a presidente, governadores e legisladores para as eleições de outubro.

Embora quase todas as vítimas sejam homens, o relatório revela um aumento de 6% nos assassinatos de mulheres em 2017 em relação ao ano anterior.

Do total de 4.539 mulheres assassinadas no ano passado, 1.133 foram vítimas de feminicídio, ou seja, assassinadas por serem mulheres. 

Violência doméstica

Em todo o Brasil foram notificados mais de 600 casos de violência doméstica por dia. 

A média nacional de homicídios é de 30,8 para cada 100.000 habitantes. No Rio Grande do Norte, é mais que o dobro: 68/100.000, enquanto no estado de São Paulo, o mais populoso do país, é de 10,7/100.000 habitantes.  

Outros dados do relatório dão conta de 5.144 assassinatos por policiais (um aumento de 20% em relação a 2016), e um total de 367 agentes assassinados, 5% menos que no ano anterior. 

O anuário sobre a violência no Brasil também reserva uma seção para os problemas do sistema prisional, que mantém um total de 729.463 pessoas atrás das grades, embora tenha capacidade para alojar adequadamente apenas 367.217 prisioneiros.

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