Nesta sexta-feira (31), dia previsto para o encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, dados do Ministério da Saúde mostram que 80% das crianças com idade entre 1 ano e menos de 5 anos foram imunizadas. A meta é vacinar 95% do público-alvo, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Até o momento, Amapá, Rondônia e Pernambuco já vacinaram mais de 95% das crianças. Nove estados brasileiros e o Distrito Federal, entretanto, permanecem abaixo da média nacional de 80%: Rio de Janeiro, Roraima, Amazonas, Acre, Pará, Bahia, Piauí, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Estados e municípios que ainda não atingiram a cobertura vacinal recomendada foram orientados pelo governo federal a abrir os postos de saúde amanhã (1º). O ministério alertou que a organização da mobilização no fim de semana é de responsabilidade de cada município e que, portanto, é necessário verificar com as secretarias municipais quais postos estarão abertos.
Este ano, a vacinação é feita de forma indiscriminada, o que significa que, mesmo as crianças que já estão com esquema vacinal completo, devem ser levadas aos postos de saúde para receber mais um reforço.
No caso da poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida vão receber a vacina injetável, e as que já tomaram uma ou mais doses devem receber a oral. Para o sarampo, todas as crianças com idade entre um ano e menos de 5 anos vão receber uma dose da tríplice viral, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
Casos de sarampo
Até o dia 28 deste mês, foram confirmados 1.553 casos de sarampo no Brasil, enquanto 6.975 permanecem em investigação. O país enfrenta dois surtos da doença: no Amazonas, que já tem 1.211 casos confirmados e 6.905 em investigação, e em Roraima, onde há 300 casos confirmados e 70 em investigação.
Casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos seguintes estados: São Paulo (2); Rio de Janeiro (18); Rio Grande do Sul (16); Rondônia (2); Pernambuco (2); e Pará (2).
Foram confirmadas ainda sete mortes por sarampo – quatro em Roraima (três em estrangeiros e uma em brasileiro) e três no Amazonas (todos brasileiros, com dois óbitos em Manaus e um no município de Autazes).