A irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano, relatou, nesta segunda-feira (8), ter sofrido uma agressão verbal enquanto andava por uma rua do Rio de Janeiro com a filha nos braços. Em uma publicação no Facebook, Anielle Franco afirmou que ouviu xingamentos como "piranha" e gritos de "sai daí, feminista" de homens "devidamente uniformizados com a camisa" do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Anielle disse ainda que publicou seu relato não para que as pessoas sintam pena, mas para que "repensem a sua maneira de fazer política".
"Por conta de um antipetismo vocês preferem propagar o ódio e a violência?! O seu candidato, em suma, defende esse tipo de postura, e outras coisa bem piores! Pensem bem!", afirmou.
Leia o relato completo de Anielle:
Homenagem destruída
Neste mês, circularam nas redes sociais imagens de dois integrantes do PSL-RJ exibindo uma placa destruída que homenageava a vereadora Marielle Franco. Em um vídeo postado nas redes sociais, Rodrigo Amorim e Daniel Silveira, retiram uma homenagem da placa que foi colocada na esquina da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, onde Marielle cumpria seu primeiro mandato quando foi assassinada. As informações são da Agência Brasil.
No vídeo, Daniel defende que o assassinato não justificava colar a placa, o que classificou de vandalismo. Já Rodrigo afirma que outras 60 mil pessoas foram assassinadas no país.
Dias depois, levaram a placa a um ato político para apoiadores em Petrópolis, na Região Serrana. O ato foi registrado em mais um vídeo postado nas redes sociais, e Amorim e Silveira exibem a placa quebrada ao meio. Os dois foram fotografados com os pedaços da placa nas mãos, e as imagens se espalharam nas redes.
Com a repercussão, os dois políticos fizeram uma transmissão ao vivo no Instagram em que afirmam que repudiam o assassinato de Marielle e defendem que seus algozes têm que ser investigados e punidos severamente.
Na gravação transmitida na internet, eles afirmam que não haverá pedido de desculpas e defendem que retiraram a homenagem como se fosse uma pichação qualquer, sem a intenção de atingir a imagem da vereadora, porque buscavam restaurar o patrimônio público havia sido depredado.