Fotos de uma criança vestida como um escravo para uma festa de Halloween repercutiram nas redes sociais na noite deste segunda-feira (29). As imagens foram publicadas pela mãe do menino, Sabrina Flor, que exaltou a 'fantasia' do filho, feita para a festa de uma escola particular em Natal, Rio Grande do Norte. "Quando seu filho absorve o personagem! Vamos abrasileirar esse negócio", escreveu no Instagram.
A caracterização feita com maquiagem para simular cicatrizes de ferimentos no corpo e uma túnica branca. Além disso, o menino carregava imitações de correntes e grilhões, utilizados na tortura e aprisionamento de escravos na época.
Olha os comentários pic.twitter.com/ryZWvZWIt3
— Rosa de Nagasaki (@anacronices) 29 de outubro de 2018
Nos comentários das postagens originais, alguns usuários parabenizaram a Sabrina pela criatividade e realismo da fantasia do seu filho. Após a foto viralizar, no entanto, surgiram muitas críticas a ideia da caracterização, tida como racista. As fotos chegaram também até Marcelo D2, que republicou as imagens. "Quando você pensa que já viu de tudo na vida", escreveu o cantor.
Através do Twitter, a mãe se manifestou sobre a repercussão da imagem dizendo que não existiu escravidão de negros no Brasil. "“Não leiam livros de história do Brasil. Eles dizem que existiu escravidão de negros no País, mas isso é mentira. Não discuta com essa afirmação, pois você estará sendo racista, A PIOR PESSOA, um lixo. Só não entendi ainda se o problema foi o a fantasia ou o '17' na foto”, escreveu Sabrina.
GENTE olha isso pic.twitter.com/zXsybjZpkT
— AICNÊTSISER (@harrebttom) 30 de outubro de 2018
O Colégio Cei, onde o garoto estuda, divulgou uma nota apontando que "a escolha do traje para a participação do Halloween, feita pela família do aluno, tocou numa ferida histórica do nosso país" e garantiu que "não incentiva nem compactua com qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito, tendo os princípios da inclusão e convivência com a diversidade como norte da nossa prática pedagógica".
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Ku Klux Klan
Outra 'fantasia' polêmica chamou atenção nesta segunda-feira (29). Nas fotos tiradas em uma festa de Halloween da academia CT Interact, do interior de São Paulo, um homem aparece usando a vestimenta característica do grupo racista Ku Klux Klan, que defende uma 'supremacia branca'. Em outra imagem, é possível ver o mesmo rapaz reproduzindo a saudação nazista.
Fica pior pic.twitter.com/OL3FPHsPbS
— vic (@vichchii) 28 de outubro de 2018
A questão também foi vista como racista por internautas nas redes sociais e rapidamente viralizou. Diante da repercussão negativa, a academia se pronunciou através de nota publicada no Instagram. "Nós da CT Interact esclarecemos que lamentamos e não pactuamos com qualquer forma de discriminação e preconceito", diz o comunicado, que garante ainda que"as devidas providências já estão sendo tomadas".