A tragédia de Mariana, em Minas Gerais, completa três anos nesta segunda-feira (5). Na ocasião, uma barragem da mineradora Samarco se rompeu liberando rejeitos de mineração no ambiente. No episódio, 19 pessoas morreram e comunidades foram destruídas, como o distrito de Bento Rodrigues. Houve também poluição da bacia do Rio Doce e devastação de vegetação. Desde novembro de 2016, tramita na Justiça Federal de Ponte Nova (MG) uma ação criminal sobre a tragédia, que se tornou o maior desastre ambiental já registrado no país.
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Veja alguns fatos ocorridos no decorrer desse período.
Novembro de 2015
Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, se rompe em Mariana liberando cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos, causando 19 mortes, destruição de comunidades, devastação de vegetação e poluição da bacia do Rio Doce.
Março de 2016
Mineradoras, governo federal e governos de Minas Gerais e do Espírito Santo firmam termo para reparação dos danos.
Abril de 2016
Conselho do Patrimônio Cultural de Mariana (Compat) decide pelo tombamento dos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu.
Maio de 2016
Moradores do distrito de Bento Rodrigues escolhem o local para reconstrução da comunidade.
Justiça Federal homologa acordo entre mineradoras e governos; MPF contesta.
Junho de 2016
Fundação Renova é criada para gerir as ações de reparação dos danos.
Agosto de 2016
Justiça Federal anula a homologação de acordo.
Outubro de 2016
Vinte e duas pessoas e quatro empresas são denunciadas por crimes da tragédia de Mariana.
Novembro de 2016
Justiça aceita a denúncia criminal.
Samarco consegue aval para usar depósito em Ouro Preto e planeja retorno das atividades.
Janeiro de 2017
Mineradoras e MPF fecham acordo que pode levar à extinção da ação civil pública.
Abril de 2017
Empregados da Samarco aceitam segundo período de layoff.
Julho de 2017
Prefeitura de Santa Bárbara nega documento para que Samarco retome as atividades.
Justiça federal suspende tramitação da ação criminal da tragédia.
Outubro de 2017
Samarco prorroga por mais cinco meses o período de layoff de 800 funcionários.
Novembro de 2017
Justiça federal determina retomada da tramitação da ação criminal.
Fevereiro de 2018
Moradores de Bento Rodrigues aprovam projeto urbanístico para reconstrução da comunidade.
Maio de 2018
Fundação Renova implanta o canteiro de obras para reconstrução de Bento Rodrigues.