BRASÍLIA - O chefe das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, atua para demover o governo de Israel da ideia de atacar o Irã. Para os israelenses, os iranianos ameaçam a segurança internacional devido ao programa nuclear desenvolvido por eles e que é suspeito de esconder a produção de armas.
Segundo o general, uma ação militar no momento atual é "desestabilizadora". Em visita a Tel Aviv, capital israelense, o militar conversa sobre o assunto com as autoridades locais. "Neste momento, seria imprudente atacar o Irã", disse Dempsey. Também está em Israel o conselheiro norte-americano da área de segurança, Tom Donilon.
Donilon se reúne com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A ideia é sugerir a Israel que suspenda temporariamente a intenção de impor mais sanções ao Irã. Os iranianos são alvos de restrições econômicas, financeiras, bancárias e militares de forma intensa desde 2010.
"Acreditamos que o Irã vai se comportar de forma [mais] racional", disse o general Dempsey. "Também sabemos ou pensamos que sabemos que o regime iraniano ainda não tomou qualquer decisão [sobre a produção de armas]”, acrescentou.
Nesta semana, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, apelou para que a comunidade internacional intensifique a segurança e a vigilância sobre o Irã. A reação dele ocorre no momento em que as autoridades iranianas anunciaram a suspensão da venda de petróleo para o Reino Unido e a França.