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Suspeita de ataque com gás sarin é presa no Japão

Mulher estava sendo procurada há 17 anos por ter participado da fabricação do gás usado em ataque a metrô

da Agência Estado
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da Agência Estado
Publicado em 04/06/2012 às 16:23
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Naoko Kikuchi, japonesa procurada há 17 anos por suspeita de ter ajudado na fabricação do gás sarin usado no ataque ao metrô de Tóquio em 1995, foi detida no domingo. Segundo a polícia, ela declarou que se sentia aliviada após a prisão, porque agora não tem de esconder mais sua identidade.

Kikuchi é ex-integrante da seita Verdade Suprema (Aum Shinrikyo) grupo que atacou o metrô de Tóquio com gás sarin, matando 13 pessoas e deixando mais de 6 mil intoxicadas. A seita reuniu um arsenal de armas convencionais, químicas e biológicas na expectativa de um confronto apocalíptico com o governo.

A polícia deteve Kikuchi, de 40 anos, depois de ela ser vista na cidade de Sagamihara, 30 quilômetros a sudoeste de Tóquio, onde vivia desde 2010. Ela confirmou sua identidade assim que os policiais se aproximaram. Kikuchi era um dos dois integrantes da seita ainda procurados pelo ataque.

Ela admitiu ter ajudado na fabricação do gás sarin, mas declarou aos investigadores que não sabia, na época, o que era a substância, informou um porta-voz da Polícia Metropolitana de Tóquio, em condição de anonimato, citando regras do departamento. Kikuchi afirmou também que usava um pseudônimo e se mudava de tempos em tempos para não ser presa.

"Eu tive de esconder minha identidade e usar um nome falso todos esses anos enquanto estava em fuga. Agora eu fui detida e não tenho mais de fazer isso. Me sinto aliviada", disse ela, segundo a polícia.

Os investigadores tiveram de verificar suas digitais e uma verruga em sua face direita, já que sua aparência mudou substancialmente nos últimos anos.

Um homem que afirmou ter vivido com Kikuchi por seis anos se apresentou nesta segunda-feira, disse o porta-voz da polícia. Hiroto Takahashi, de 41 anos, disse que o casal se mudou para um apartamento em Sagamihara em 2010 e foi detido por esconder uma suspeita.

A polícia fez buscas no apartamento em busca de pistas sobre os 17 anos de esconderijo de Kikuchi e de algo que possa levar ao último fugitivo: Katsuya Takahashi, 54 anos, que não tem parentesco com o namorado de Kikuchi. As informações são da Associated Press.

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