O astro americano de televisão Bill Cosby, acusado de estupro por 20 mulheres, anunciou sua renúncia ao conselho de administração da universidade Temple da Filadélfia.
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"Sempre fui orgulhoso de minha associação com a universidade Temple", afirma Cosby, que nasceu na Filadélfia (Pensilvânia, leste), em um breve comunicado publicado no site da universidade na segunda-feira. "Por consequência apresentei minha renúncia ao conselho de administração do centro de estudos", integrado por ele durante 32 anos, acrescentou o comediante e produtor de 77 anos, sem divulgar mais detalhes.
Em um comunicado, o conselho de administração da Temple limita-se a anunciar que "aceita a renúncia ao CA do Dr. Cosby e agradece por seus serviços prestados à universidade". Um padrão foi registrado nas denúncias contra Cosby. Desde a acusação apresentada em 2004 por Andrea Constand - ex-diretora do departamento de basquete da Temple - todas descrevem o mesmo cenário: vítimas que foram drogadas e depois forçadas a ter relações sexuais com Cosby.
Embora o ator não tenha sido formalmente acusado de nenhum crime, 20 mulheres o culpam publicamente por agressões que remontam à década de 1960, com atos como acariciar, apalpar e inclusive estuprar. Muitas contam que ficaram doentes depois de terem sido drogadas. Mencionam um "buraco negro", dizem ter acordado na cama do ator e contam que depois de terem vomitado foram enviadas para casa de táxi.
Após semanas de acusações, o comediante rompeu seu silêncio há uma semana, depois de um espetáculo no qual foi aplaudido. "Sei que as pessoas estão cansadas de eu não dizer nada, mas um homem não tem que responder a insinuações", disse ao jornal Florida Today.
A tempestade de acusações, no entanto, provocou a suspensão de uma apresentação de Cosby na rede CBS, a suspensão de um programa especial dedicado ao ator no site Netflix, assim como de uma série de espetáculos nos Estados Unidos. A rede NBC também desistiu de realizar um projeto de série que deveria marcar o retorno de Cosby à televisão.